quinta-feira, junho 04, 2020

Quinta, 4.
Esta manhã na esplanada da Brasileira de novo grande confronto com o João Corregedor (hoje sem ameaça de murros, ufa!). Desta vez foi a propósito da “democracia” chinesa e da sua irmã americana. João está literalmente deitado sobre a China, a Coreia do Norte, Rússia e assim. Cego, não olha em volta e só cita o que lhe convém. Eu estou no oposto e mesmo quando a China do imperador Xi Xinping ping ping tem razão, tenho tendência a desconfiar que ali há manobra. A coisa começou quando citei o e-mail do Hugues que abaixo desenvolvo. Irritado, tentei dizer-lhe que, enquanto nos EUA a oposição pode dizer o que quer das alarvidades de Trump, na China nem uma palavra pode ser balbuciada sobre as autoridades - tal como se passava aqui com Salazar que ele combateu e bem. O tom foi tão timbrado, que o António que vive trancado no “parece mal”, “vê toda gente a olhar para nós”, me pediu que falássemos doutra coisa. Quem, contudo, pôs ponto final em nota de rodapé, foi o Brito quando dirigindo-se-me: “Consigo não há vírus que entre, porque você é muito virulento.” 

         - Telefonei à Gi (do Vítor) em dia do seu aniversário. Em reposta tive um longo o rosário de doenças. Que c´est triste vieillir, bon Dieu!

         - E-mail de Hugo: “La Chine est une dictadure où on peut disparaître du jour au lendemain si on critique les autorités” Hugues, afinal, não está completamente perdido.


         - Regas. Este é um ano de muito figo, tenho as figueiras carregadas. Em compensação, com a tosquia que as árvores levaram, há pouco ou nenhum fruto. Falo de maçãs, amêndoas, pêssegos, ameixas, damascos, uvas... No Chiado pleuviote, aqui nem um pouco.