sexta-feira, junho 12, 2020

Sexta, 12.
Ouvi Mário Centeno. É evidente que ele quer ser governador do Banco de Portugal. Aliás foi sempre esse o seu objectivo vá-se lá saber porquê. Contudo, o que para mim é um mistério, é o economista sujeitar-se a ser humilhado para atingir o seu sonho. Todos sabemos que entrou triunfante e sai de rastos, como se o seu trabalho e a canseira que o acompanha, tivesse sido de somenos importância. Definitivamente não compreendo os políticos, são uma raça que parece desumana. Também não são animais, são outra coisa. Mas o quê! Dito isto, gostei daquele toque que põe as coisas no justo lugar quando Centeno, referindo-se a António Costa e Silva, o trata por “senhor engenheiro”. É de mestre.


         - Outro horror de ignorância está-se a instalar por todo o lado – o derrube de estátuas do passado ou simples vandalismo. Os políticos populistas seguem os novos moralistas e historiadores e dão ordens para que desapareçam dos espaços públicos as obras de arte em nome do anti-racismo, dos valores que há séculos imperaram e hoje devem ser varridos para debaixo da mesa. Não é destruindo os símbolos de determinada época que se apaga a memória histórica. Pelo contrário, derrubando o passado instala-se a confusão e o analfabetismo que serve às mil maravilhas o avanço cada vez maior do combate à liberdade. Porventura alguém esqueceu Salazar pelo simples facto de terem removido o seu nome da ponte que hoje se chama 25 de Abril?