Sexta,
12.
Ouvi
Mário Centeno. É evidente que ele quer ser governador do Banco de Portugal. Aliás
foi sempre esse o seu objectivo vá-se lá saber porquê. Contudo, o que para mim
é um mistério, é o economista sujeitar-se a ser humilhado para atingir o seu
sonho. Todos sabemos que entrou triunfante e sai de rastos, como se o seu
trabalho e a canseira que o acompanha, tivesse sido de somenos importância.
Definitivamente não compreendo os políticos, são uma raça que parece desumana. Também
não são animais, são outra coisa. Mas o quê! Dito isto, gostei daquele toque
que põe as coisas no justo lugar quando Centeno, referindo-se a António Costa e
Silva, o trata por “senhor engenheiro”. É de mestre.
- Outro horror de ignorância está-se a
instalar por todo o lado – o derrube de estátuas do passado ou simples
vandalismo. Os políticos populistas seguem os novos moralistas e historiadores
e dão ordens para que desapareçam dos espaços públicos as obras de arte em nome
do anti-racismo, dos valores que há séculos imperaram e hoje devem ser varridos
para debaixo da mesa. Não é destruindo os símbolos de determinada época que se
apaga a memória histórica. Pelo contrário, derrubando o passado instala-se a
confusão e o analfabetismo que serve às mil maravilhas o avanço cada vez maior
do combate à liberdade. Porventura alguém esqueceu Salazar pelo simples facto
de terem removido o seu nome da ponte que hoje se chama 25 de Abril?