Segunda, 15.
Se a
Inglaterra extraditar Assange, criador da Wikileaks, para os Estados Unidos
como estes desejam, ele pode arriscar pena de morte. É desta forma que as grandes
potências se divertem, jogam ao poder, medem forças, tendo por base a vida de
um inocente. Não suportam quem denuncie as manigâncias, os roubos, os conluios
criminosos, o tráfico de influência e dinheiro, de armas e fuga ao fisco. O
mundo caminha a passos largos para a concentração de um reduzido número de mafiosos
que controlam tudo e todos através das redes subterrâneas da Internet. Já não
são gente, são códigos, números confidenciais, nicks, fantasmas que os chamados
hackers, dignos representantes dos Titãs,
perseguem.
- A Líbia está de novo a ferro e fogo.
Forma de falar. Em verdade, depois de a França e EUA terem derrubado Khadafi,
nunca mais o país conheceu um instante de sossego. Ali como por todo o lado.
Onde a América entra, é certo e sabido que semeia suor, sangue, e lágrimas. Os
diferentes grupos étnicos que o dirigente líbio controlava assegurando a paz, estão
hoje à solta e tentam todos conquistar Trípoli.
- Assim o Reino Unido. Fazem-se e
desfazem-se acordos, centenas de reuniões, patuá sobre patuá, e nada sai deste
reino de discursos em pescadinha com que o mundo é no presente governado. A
nossa obscena União Europeia, quer selar a saída da Grã-Bretanha com a mais
rotunda humilhação, como exemplo para aqueles que depois dela quiserem
abandonar o barco que há muito anda à deriva. O que prevejo a longo prazo, é
uma guerra. Os povos, aprisionados numa teia de interesses e corrupção, espécie
de prisão insalubre e nojenta, fartos de serem vexados e desprezados, só irão
conseguir fugir deste cativeiro lutando pela sua liberdade e a
autodeterminação. Longe vai a Europa construída por Jacques Delors. Estes que a
destruíram para a entregar a tipos como Durão Barroso, rapam o tacho até não
haver cão que o lamba. O anátema é este: ou ficas ou morres na pobreza. Os
povos, dentro de um mês, dirão nas urnas de sua justiça. Espero que façam como
eu que nunca votei para a catedral da putrefacção -símbolo da União, em
Bruxelas.
- Um tal Bruno Bobone, Presidente da
Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, diz que “é uma injustiça os
portugueses serem pobres”. Pois é. Mas a pergunta é esta: que fez sua excelência
enquanto empresário para combater essa praga? Para os portugueses serem miseráveis, os gestores, deputados, directores, banqueiros, homens da indústria e do
comércio auferem salários 300 vezes mais elevados que qualquer dos seus escravos.