Quarta, 3.
A deputada
do PS ao Parlamento Europeu, Ana Gomes, mulher independente e mente livre, veio
a terreiro defender a corajosa atitude de Rui Pinto no processo que o mantem em
prisão. Disse a franca deputada: “Fico muito chateada e não posso
desconsiderar, inclusive, o que Rui Pinto afirmou em tribunal, na Hungria, que
temia pela sua vida porque sabia que havia algumas pessoas corruptas no nosso
sistema policial com relações muito próximas à Doyen. Isso é algo que tem que
ser investigado.” Mais adiante rematou: “A máfia do futebol está em todo o
lado.” Pessoas destas, com esta liberdade de expressão e sentimentos, não falam
só por elas e muito menos pelo partido que representam, gritam por todos nós,
insurgem-se pela democracia e pela liberdade limpa e séria que todos jurámos
defender.
- Fui a Lisboa no Fertagus e meti os
papéis para o passe Navegante que o CDS (coitado) e o PSD gostavam que a gente
acreditasse estão ufanos pela sua criação. Pobrezitos! Honra seja feita à Esquerda
que de há muito a pensava e agora a concretizou. Bom. Dito isto, o que observei
foi um maior número de passageiros, ainda que as carruagens sejam as mesmas.
Conclusão: muitos utentes dos transportes urbanos a viajar de pé.
- Esta ideia, foi-me martelada pelo João,
que gosta de ver todos os dias a cavaquear à mesa da Brasileira. Mas também da
Alzira com quem me encontrei ao fim da tarde no Corte Inglês. “Agora podemo-nos
ver mais amiúde”, disse ela com um largo sorriso no rosto feio-bonito.
- Justamente, almocei no Príncipe com
o Corregedor e um meu conhecido, que foi nosso representante em Bruxelas
durante anos. Imaginem a conversa de surdos que foi! Eu remando contra os
ventos tecnocratas; ele revoltado a tecer panegíricos às ajudas e ao nosso
bem-estar que “sem a União Europeia seriam impossíveis”. A impressão que se
fica, é que Portugal nunca existiu ou existindo sempre se deitou no colchão
dourado de Bruxelas. Se lhe tirarem o tapete, o país agoniza e sepulta-se nas
cinzas da pré-história.