Domenica di Pasqua.
O que uns e outros nos contam sobre o
PIB ou deficit é salada made in
Bruxelas eurocrata. Não tem interesse absolutamente nenhum. Ninguém na Europa
do euro se ateve aquelas percentagens, todos (incluindo a Alemanha) estiveram-se
sempre nas tintas para isso. O cumprimento dessas minudências, é para os
subnutridos – Portugal, Grécia, os ex-países da URRS. Aos barões ninguém impõe
coisa nenhuma. Os portugueses pagam e não refilam. Como no tempo de Salazar. A
verdade é esta: quem nos arruína são os bancos, os impostos cada vez mais
elevados, os políticos corruptos e os banqueiros gananciosos.
- Matzneff. La jeune Moabite
não sobe à biblioteca de cima tão depressa. Ao longo do Diário são muitas (demasiado)
as entradas sobre o peso, o que come e não come, a obsessão pela linha. Depois,
como muita gente que eu conheço, ao lado destas preocupações, ou fazendo
permanentemente tábua rasa delas, vem o modo como se alimentam. Vejamos. Dia 23
de Junho de 2016, o jantar do nosso Casanova à francesa: salsichas, queijo, pão
com manteiga Bordier, vinho tinto. Nada nesta composição dietética eu engulo.
Sobretudo ao jantar. Tudo o que o nosso caro escritor comeu é o contrário a um
corpo sem pança. Hoje o meu jantar foi uma omeleta com espargos selvagens e uma
tijela de morangos. Água a acompanhar. Assim deve ser para quem quiser ter de
facto um corpo elegante e saudável. A partir das cinco da tarde, pára tudo.
Nada de restaurantes, vinho, doces, queijos, carne ou peixe. Sopa e uma peça de
fruta é quanto basta. Ainda jejuar uma vez por semana de modo a impedir que as
células cancerígenas se instalem ou desenvolvem.
- O Papa, ontem, na Via Sacra avançou uma série de verdades que o mundo
decerto não ouvirá mergulhado na imundice da informação contada por interpostos
interesses. Entre elas esta: “muitos deviam ter vergonha pelo mundo que deixam”.
Ou esta quando confessou “vergonha porque tantas pessoas, até alguns dos nossos
ministros (referia-se aos sacerdotes e bispos) deixam-se enganar pela ambição e
pelas vãs glórias, perdendo o seu valor”. Ou ainda esta: depois de dizer que a
vergonha devia ser como “uma graça de Deus” advertiu “as nossas gerações estão
a deixar aos jovens um mundo fracturado em divisões e guerras, um mundo
devorado pelo egoísmo”.
- Sexta-feira santa para muitas das religiões que residem em Israel, foi
um dia de terror. O exército israelita ao longo da fronteira entre Gaza e
Israel, criou um autêntico cenário de guerra. A repressão foi tão violenta e
inapropriada que resultou em 16 mortos e mais de 1400 feridos. Os ataques
militares utilizaram todo o arsenal disponível : gás lacrimogéneo, tanques,
atiradores furtivos. António Guterres pediu uma investigação independente.
Trump esfrega as mãos de contentamento.
- Sobra do lixo do mundo, a rendição do Governo do Mágico ao PCP e a
constatação uma vez mais de que a Europa de Bruxelas não é a irmandade que
muitos desejariam. De contrário, Portugal teria expulsado diplomatas russos
como fez a maioria dos países vassalos dos Estados Unidos. Eu fui dos primeiros
a achar a atitude de Londres inútil e, portanto, estou à vontade para me
exprimir como entendo. Achei e acho que Theresa May tinha muitas formas de se
confrontar com o criminoso Putin, nomeadamente, as económicas. Mas isso é outra
conversa que não interessa aos governantes de nenhum dos Estados que integram a
UE. Acresce que a nossa diplomacia, sobretudo, desde a entrada de Portugal na
então CEE, deixa muito a desejar. Tornámo-nos bajuladores, mansos, rendidos aos
países mais fortes da UE que, por sua vez, estão de joelhos ante os americanos.
Para não falar do Governo do famigerado José Sócrates que foi fazer jogging na Praça Vermelha de Moscovo
fechada aos cidadãos russos para sua segurança, com aquelas perninhas fininhas,
coitadinho, que Deus lhe deu a suportar o bojo redondo de anafado.