Domingo, 22.
A apresentadora de serviço da televisão
norte-coreana, espécie de poupée de cire
rose apesar dos seus sessenta anos, anunciou que o patrão, senhor Kim
Jong-un, estava disposto a pôr de parte os ensaios nucleares que assustaram os
Estados Unidos e o mundo. De súbito, entre ele e o construtor civil, rasgam-se
sorrisos, vénias, beijocas nos lóbulos das orelhas. O problema é saber o que
esconde este clima amoroso.
- No mundo do Mágico, segundo a Entidade Reguladora da Saúde, só em
2017, houveram 70.111 reclamações - um aumento de 18,4% relativamente a 2016.
- Vicente Jorge Silva que eu estimo e gosto de ler, por vezes nem se dá
conta que a sua obsessão por um ideal europeu, leva-o a contradizer-se.
Na sua crónica de hoje no Público, insurge-se contra o jornalismo espectáculo e de
julgamento público que a SIC praticou ao produzir investigação como aquela que
levou aos dois ou três programas sobre a Operação
Marquês que eu aqui rotulei de magníficos. Evidente, também eu me perguntei
onde foram eles obter os filmes do interrogatório, mas depois verifiquei que já
eram do domínio público. Julgo, contudo, que não houve no trabalho de Cândida
Pinto e Ricardo Costa, nenhuma espécie de manipulação, mas simplesmente o
alinhamento bem feito das imagens na sequência do que dizia o nosso Alves dos
Reis. De resto, sou sempre a favor da denúncia de práticas que lesem o erário
de todos em favor de uns quantos que se servem da democracia para ofender com as suas práticas os pobres e horados portugueses. Agora – e é aqui queria
chegar – VJS que tanto censurou os seus colegas, deixou escapar de que lado
está quando escreve: “Se os julgamentos na praça pública substituírem os
julgamentos nos tribunais – e isto com a cumplicidade culposa dos magistrados
que temem pela solidez das suas investigações e dos seus libelos -, estaremos a
caminhar na direcção do populismo.” Bref.