Domingo, 8.
Lula da Silva entregou-se às autoridades
e deverá ficar na prisão por doze anos. Pelo menos foi a sentença decretada pelo
corpo de juízes que o acusam de vários actos de corrupção e compadrio. Se o
caso do triplex não está suficientemente esclarecido, outros crimes não
oferecem dúvidas ao tribunal judicial. O ex-Presidente do Brasil há muito que
era suspeito de uma série de cambalachos e nada adianta ele dizer como Sócrates
que se trata de um facto político. O que está a ser julgado, não é o seu
mandato que até teve muita coisa notável, por isso é que faz pena que ele não
tenha sabido honrá-lo. Dito isto, nada do que se passa no Brasil é digno de
credibilidade. A começar pelo seu actual Presidente. Provavelmente o Exército acabará
por tomar o poder uma vez mais.
- O caso aconteceu em Munster, cidade pacata da Alemanha, e matou quatro
pessoas e feriu dezenas quando o camião conduzido por um homem cinquentenário,
varreu as esplanadas cheias de turistas e locais no centro histórico. As
autoridades ainda não disseram se foi atentado terrorista ou acção de um
desarranjado mental que se suicidou. O crime é do género daqueles levados a
cabo pelos bárbaros do Daesh.
- A propósito do desafio que o Papa Francisco lançou aos jovens outro
dia no Vaticano, frei Bento Domingues no Público de hoje, cita-o: “Sem arriscar
sabem o que acontece a um jovem? Envelhece. Vai para a reforma aos 20 anos.” Eu
parafraseando Bergoglio, diria que todos aqueles e aquelas, qualquer que seja a
sua idade, aceitam a rendição ficam automaticamente excluídos da vida. Devemos
manter-nos em estado de alerta constante. Devemos exercer como missão a revolta
e a denúncia. Devemos manter-nos insubmissos, lúcidos, actuantes, solidários e esclarecidos.
- Na missa das nove na igreja do Senhor do Bonfim, o sacerdote disse que
a oração isolada, de nós com Deus, em casa ou num outro qualquer lugar habitual
do nosso quotidiano, não era a mesma coisa que ali, em comunidade, na missa que
não referiu ser o “sacrifício da missa” enquanto representação de a Última
Ceia. Eu que escutei, pasmado, a “reprimenda”, perguntei-me o que faziam os
monges nos conventos e em clausura absoluta, que utilidade teria perante Deus a
sua escolha.