domingo, abril 08, 2018

Domingo, 8.
Lula da Silva entregou-se às autoridades e deverá ficar na prisão por doze anos. Pelo menos foi a sentença decretada pelo corpo de juízes que o acusam de vários actos de corrupção e compadrio. Se o caso do triplex não está suficientemente esclarecido, outros crimes não oferecem dúvidas ao tribunal judicial. O ex-Presidente do Brasil há muito que era suspeito de uma série de cambalachos e nada adianta ele dizer como Sócrates que se trata de um facto político. O que está a ser julgado, não é o seu mandato que até teve muita coisa notável, por isso é que faz pena que ele não tenha sabido honrá-lo. Dito isto, nada do que se passa no Brasil é digno de credibilidade. A começar pelo seu actual Presidente. Provavelmente o Exército acabará por tomar o poder uma vez mais.

         - O caso aconteceu em Munster, cidade pacata da Alemanha, e matou quatro pessoas e feriu dezenas quando o camião conduzido por um homem cinquentenário, varreu as esplanadas cheias de turistas e locais no centro histórico. As autoridades ainda não disseram se foi atentado terrorista ou acção de um desarranjado mental que se suicidou. O crime é do género daqueles levados a cabo pelos bárbaros do Daesh.

         - A propósito do desafio que o Papa Francisco lançou aos jovens outro dia no Vaticano, frei Bento Domingues no Público de hoje, cita-o: “Sem arriscar sabem o que acontece a um jovem? Envelhece. Vai para a reforma aos 20 anos.” Eu parafraseando Bergoglio, diria que todos aqueles e aquelas, qualquer que seja a sua idade, aceitam a rendição ficam automaticamente excluídos da vida. Devemos manter-nos em estado de alerta constante. Devemos exercer como missão a revolta e a denúncia. Devemos manter-nos insubmissos, lúcidos, actuantes, solidários e esclarecidos.


         - Na missa das nove na igreja do Senhor do Bonfim, o sacerdote disse que a oração isolada, de nós com Deus, em casa ou num outro qualquer lugar habitual do nosso quotidiano, não era a mesma coisa que ali, em comunidade, na missa que não referiu ser o “sacrifício da missa” enquanto representação de a Última Ceia. Eu que escutei, pasmado, a “reprimenda”, perguntei-me o que faziam os monges nos conventos e em clausura absoluta, que utilidade teria perante Deus a sua escolha.