Quarta, 27.
Os
trágicos incêndios de verão, com o seu rosário de mortes e destruição, quase
desaparecimento de aldeias e vilas, têm sobrado para todo o mundo: políticos,
presidentes autárquicos, televisões, instituições de caridade, toda essa gente
hipócrita tem-se servido dos infelizes para aumentar a popularidade e
rendimentos, festas e lágrimas de crocodilo. Mas a maioria dos infelizes, está
ainda à espera das indeminizações e dos milhões que os portugueses lhes doaram.
- No início deste ano o pobre rico,
apresentou-se no tribunal por ter escapado ao fisco espanhol. Fê-lo não para
reconhecer o crime, mas para acusar a juíza: “Se não me chamasse Cristiano
Ronaldo, não estaria aqui.” A magistrada Mónica Gómez Ferrer, deu-lhe a
reposta: “Temos na prisão pessoas que não pagaram 125.000 euros.” O “maior
jogador do mundo”, está acusado de meter em offshores 17,7 milhões de euros!
Ontem a juíza voltou à carga, afirmando que ele devia estar na cadeia. Neste
vai-e-vem cómico, o arrogante folga as costas e... as pernas. É por estas e por
muitas outras que o mundo está como está. Onde não há justiça, fica o campo
aberto a todos os ditadores e revolucionários de pacotilha. Os grandes
estudiosos sabem identificar os problemas, mas nada dizem da génese que lhes
deu origem. Ou preferem ignorar. É mais cómodo e dá cargos e cagança.
- Também o ano passado, passei um
tempo em Strasbourg, chez Lionel. Inúmeros
foram os dias que passeei no centro histórico da cidade e descansei no Au Vieux
Strasbourg diante de uma chávena de chá e uma fatia do Kuglhopf.
Le vieux Strasbourg |
O Kuglhopf o doce característico da cidade |