Terça,
1 de Agosto.
Donald
Trump. Há dias, arrumando papéis que se encontram sempre em desalinho numa casa
que parece ter sido construída para eles, deparei com um número de Economia de 31 de Agosto de 2007. Sob o
título de “Super Trump”, Jaime Fidalgo elogia o actual Presidente dos Estados
Unidos e tece laudas ao seu livro Subir
na Vida, editado pela Presença. Este chegou ao topo dos mais vendidos,
ficando no quarto lugar! Já naquele ano, o nosso “escritor” havia publicado
cinco títulos, todos dando lições de como enriquecer. Não deve tardar sairá com
outro volume, desta vez ensinando como alcançar a Casa Branca. Por cá, os
nossos políticos são mais práticos. Logo que abandonam um cargo governamental,
abancam a comentar diante das câmaras de televisão os faits-divers nacionais. É futuro garantido.
- Por vontade do Carlos residiria
aqui. São inúmeras as vezes que cá vem passar o dia sem me importunar absolutamente
nada. As horas escoam-se no remanso dos temas que afloram sem serem convidados.
Foi assim ontem. Aprendi muito sobre técnicas utilizadas na pintura até ao
séc. XVII. Por exemplo, a engenhosa maneira de conservar a pintura sobre “tela”
e estatuária, a história entre Rubens e Caravaggio acerca do quadro que este
pintou da Virgem, verdadeiro escândalo que a Inquisição reprovou, mas um alto
eclesiástico de Milão encarregou Rubens de o comprar ao excomungado, assim como
os métodos de trabalho da chamada Escola Veneziana. O homem é um poço sem fundo
de conhecimento. De quando em vez, é convidado para fazer palestras. Não
assisti a nenhuma, mas imagino a força da sua exposição e argumentação. De
resto presente esta tarde durante o almoço no Tagarro, ao Bairro Alto, em substituição
do Príncipe fechado para férias.