terça-feira, agosto 01, 2017

Terça, 1 de Agosto.
Donald Trump. Há dias, arrumando papéis que se encontram sempre em desalinho numa casa que parece ter sido construída para eles, deparei com um número de Economia de 31 de Agosto de 2007. Sob o título de “Super Trump”, Jaime Fidalgo elogia o actual Presidente dos Estados Unidos e tece laudas ao seu livro Subir na Vida, editado pela Presença. Este chegou ao topo dos mais vendidos, ficando no quarto lugar! Já naquele ano, o nosso “escritor” havia publicado cinco títulos, todos dando lições de como enriquecer. Não deve tardar sairá com outro volume, desta vez ensinando como alcançar a Casa Branca. Por cá, os nossos políticos são mais práticos. Logo que abandonam um cargo governamental, abancam a comentar diante das câmaras de televisão os faits-divers nacionais. É futuro garantido.


         - Por vontade do Carlos residiria aqui. São inúmeras as vezes que cá vem passar o dia sem me importunar absolutamente nada. As horas escoam-se no remanso dos temas que afloram sem serem convidados. Foi assim ontem. Aprendi muito sobre técnicas utilizadas na pintura até ao séc. XVII. Por exemplo, a engenhosa maneira de conservar a pintura sobre “tela” e estatuária, a história entre Rubens e Caravaggio acerca do quadro que este pintou da Virgem, verdadeiro escândalo que a Inquisição reprovou, mas um alto eclesiástico de Milão encarregou Rubens de o comprar ao excomungado, assim como os métodos de trabalho da chamada Escola Veneziana. O homem é um poço sem fundo de conhecimento. De quando em vez, é convidado para fazer palestras. Não assisti a nenhuma, mas imagino a força da sua exposição e argumentação. De resto presente esta tarde durante o almoço no Tagarro, ao Bairro Alto, em substituição do Príncipe fechado para férias.