sexta-feira, agosto 18, 2017

Sexta, 18.
Pegou-se-me uma nostalgia do tempo em que privei com o escritor Alexandre Cabral. Então, ontem ao serão, fui reler passagens dos livros que ele me ofereceu e deparei com esta citação de Fidel de Castro (Um Português em Cuba): “Vós como cidadãos sois revolucionários, mas como artistas, grandes reaccionários, já que aquilo que pintais o povo não o percebe.” Aqui está um grande ignorante, um ditador que se permitiu dizer as maiores bacoradas sem que ninguém o mandasse calar.

         - Atentado em Barcelona. Um carro aos ziguezagues entrou pela avenida abaixo e matou 13 pessoas ferindo uma centena.  O crime ocorreu nas Ramblas tão minhas conhecidas e onde todas as noites tínhamos o hábito de fazer como os espanhóis que aos milhares subiam e desciam em passeio a rua. O nosso hotel ficava mesmo no início daquela simpática artéria. O atentado foi reivindicado pelo Daesh.

         - Levei o meu canalizador a ver um pequeno lago de nenúfares que estão todos abertos e formam um adorno de beleza de extasiar. E ele: “Pra que é que isto serve, ainda se fosse uma coisa pra comer!”  O típico troncho português.

         - A mim dá-me para pensar que a nossa querida UE é em grande parte a culpada do que se passa no país a nível de incêndios. Foi ela que alterou muitas das naturezas autóctones  tradicionais da floresta e do campo agrícola nacionais, quando andou a pagar a agricultores para desistirem de certas espécies em substituição de outras, ou para arrancarem o que havia e viverem à sombra dos subsídios que então corriam por aí a jorros. Depois vieram as imposições estatais, os impostos elevadíssimos, a tirania dos supermercados, a importação sem lei de produtos mais baratos, etc., etc.


         - Outro atentado, hoje, a 120 km. de Barcelona, em Cambrils. Quem me dá a notícia é o Virgílio quando nos sentámos no restaurante para almoçar. Uma fuzilada num bar de praia logo de manhã. Um morto pelos jihadistas, três atacantes pela polícia. Escusado nomear a quem se deve esta barbaridade.