Segunda, 28.
Pelo
menos cinco mortos e vários milhares de deslocados devido à passagem do furacão
Harvey por Houston. Chuvas diluvianas, rajadas de vento extraordinárias,
prejuízos consideráveis. Dizem os entendidos que todas estas tragédias, são
devidas ao aquecimento do Planeta. Não sei. O que sei é que a humanidade
consome, consome, como se a Terra fosse inesgotável e os seus recursos
acompanhassem o prazer de todas as loucuras - o que não é verdade.
- Apesar da chuva, pelo norte,
persistem os incêndios, havendo mesmo um que tendo sido extinto, voltou com
violência. Mistério? Nem por isso. Há muita gente e empresas a ganhar milhões
este ano com a tragédia acompanhada do patuá dos autarcas e Governo. Para o ano
há mais.
- Esta manhã, vinha eu de duas horas e
meia com o juiz Apostolatos, quando deparo num ecoponto entre Setúbal e Palmela,
com um montão de troços de árvores e tábuas diversas. Nem hesitei. Encostei o
carro e pedi a um homem que ia a passar me ajudasse a enfiar na mala aquela
oportunidade. A dois ainda levámos um certo tempo, tendo eu lamentado o braço
grande de uma nespereira que não coube na bagageira. O meu oportuno passante,
gozando-me, disse: “Venha cá logo e traga uma motosserra.” Aqui chegado,
servindo-me da força que não tenho, descarreguei a talega no sítio onde antes
tinha estado outra reciclagem entretanto cortada e armazenada. Não caibo de
contentamento.
- Enfim, a chuva!