segunda-feira, agosto 28, 2017

Segunda, 28.
Pelo menos cinco mortos e vários milhares de deslocados devido à passagem do furacão Harvey por Houston. Chuvas diluvianas, rajadas de vento extraordinárias, prejuízos consideráveis. Dizem os entendidos que todas estas tragédias, são devidas ao aquecimento do Planeta. Não sei. O que sei é que a humanidade consome, consome, como se a Terra fosse inesgotável e os seus recursos acompanhassem o prazer de todas as loucuras - o que não é verdade.  

         - Apesar da chuva, pelo norte, persistem os incêndios, havendo mesmo um que tendo sido extinto, voltou com violência. Mistério? Nem por isso. Há muita gente e empresas a ganhar milhões este ano com a tragédia acompanhada do patuá dos autarcas e Governo. Para o ano há mais.

         - Esta manhã, vinha eu de duas horas e meia com o juiz Apostolatos, quando deparo num ecoponto entre Setúbal e Palmela, com um montão de troços de árvores e tábuas diversas. Nem hesitei. Encostei o carro e pedi a um homem que ia a passar me ajudasse a enfiar na mala aquela oportunidade. A dois ainda levámos um certo tempo, tendo eu lamentado o braço grande de uma nespereira que não coube na bagageira. O meu oportuno passante, gozando-me, disse: “Venha cá logo e traga uma motosserra.” Aqui chegado, servindo-me da força que não tenho, descarreguei a talega no sítio onde antes tinha estado outra reciclagem entretanto cortada e armazenada. Não caibo de contentamento.


         - Enfim, a chuva!