Sexta, 2.
Ontem, no momento em que tinha no
televisor François Hollande lamuriando os feitos que o seu mandato ofereceu aos
franceses, telefonou-me o Simão. Disse-lhe que o socialista ia recandidatar-se
a novo mandato e que isso seria o seu suicídio. Enganei o meu amigo, porque a ladainha
de uma boa parte do seu espiche parecia ir nesse sentido. No final, em alguns
minutos, soubemos que o homem deixava o campo aberto ao transtornado Manuel Valls e a todos os outros que muitos são na perseguição ávida do poder. Triste
reinado a deste bonhomme. Em muitos
momentos, cheguei a ter pena dele. Termina o percurso com 7,5 dos franceses a
acreditar nele. Foi um socialista que se rendeu completamente às proposições da
direita, do capital, dos valores que hoje maculam a Europa e o mundo.
- Corregedor teve a feliz ideia de organizar um almoço de Natal com o
grupo de pintores, escultores e jornalistas da Brasileira. Telefonou-me a dizer
que não falte. Como poderia eu escusar-me a uma tal reunião!
- A novela da Caixa Geral de Depósitos tem um novo protagonista: o
antigo ministro da Saúde de Passos Coelho, Paulo Macedo. Trata-se de alguém
comummente reconhecido por competente e isento. A ver se é desta que o Banco
que sempre esteve ao serviço dos grandes interesses económicos e foi asilo de
políticos desempregados e incompetentes, passe a estar ao serviço das PMEs e
dos portugueses.