sábado, dezembro 17, 2016

Sábado, 17.
“Qual será essa verdade? – pergunta Frederico Lourenço – A resposta do crente é indissociável da própria crença”, retorque o tradutor de Bíblia. Bem observado. Mais adiante, a propósito das disparidades dos textos evangélicos, acrescenta esta belíssima conclusão: (...) “constituirá ressurreição suficiente o facto de, neste mundo onde Jesus de Nazaré morreu, podermos afirmar que, bem vistas as coisas, Ele afinal não morreu. Porque a verdade é esta: tanto crentes como não crentes andaremos às voltas com Jesus nas nossas cabeças, enquanto houver seres humanos na Terra”.


         - O teatro da Cornucópia vai fechar portas ao fim de quarenta anos de actividade. Luís Cintra invoca a falta de apoios estatais, o cansaço de lutar, o desânimo da política do dito Ministério da Cultura. Pois é. Para os socialistas a cultura é igual e tem os mesmos interesses de um qualquer outro governo fascina. E contudo... o Mágico não hesitou em gastar milhares (talvez perto de um milhão), para promover a sua artista preferida, aquela que irá assinalar o seu reinado. Para isso, alugou Versalhes, ofereceu um banquete de milhares de euros, pagou majestosamente à menina das instalações chamadas obras de arte.  Que fez a dita artista? Um lustre e um tamanco de lantejoulas.