Sábado, 17.
“Qual será essa verdade? – pergunta
Frederico Lourenço – A resposta do crente é indissociável da própria crença”, retorque
o tradutor de Bíblia. Bem observado. Mais adiante, a propósito das disparidades
dos textos evangélicos, acrescenta esta belíssima conclusão: (...) “constituirá
ressurreição suficiente o facto de, neste mundo onde Jesus de Nazaré morreu,
podermos afirmar que, bem vistas as coisas, Ele afinal não morreu. Porque a
verdade é esta: tanto crentes como não crentes andaremos às voltas com Jesus
nas nossas cabeças, enquanto houver seres humanos na Terra”.
- O teatro da Cornucópia vai fechar portas ao fim de quarenta anos de
actividade. Luís Cintra invoca a falta de apoios estatais, o cansaço de lutar,
o desânimo da política do dito Ministério da Cultura. Pois é. Para os
socialistas a cultura é igual e tem os mesmos interesses de um qualquer outro
governo fascina. E contudo... o Mágico não hesitou em gastar milhares (talvez
perto de um milhão), para promover a sua artista preferida, aquela que irá
assinalar o seu reinado. Para isso, alugou Versalhes, ofereceu um banquete de
milhares de euros, pagou majestosamente à menina das instalações chamadas obras
de arte. Que fez a dita artista? Um
lustre e um tamanco de lantejoulas.