quarta-feira, dezembro 07, 2016

Quarta, 7.
Bernard Cazeneuve substituiu o ambicioso Valls que vai candidatar-se à Presidência da República para perder. Mas primeiro vai ter que passar pela modinha das Primárias. Ou eu me engano muito ou não vai ser ele o escolhido dos ditos socialistas. Tendo em conta tudo o que disse do socialismo à francesa, da esquerda e os programas de direita que preparou para o seu país, os camaradas na hora de votar não lhe perdoam. Embora o sujeito insinue com vozinha mansa, duplo escondido com pele de cordeiro, que vem para combater Fillon e, sobretudo, Le Pen, fortalecer a França e a diarreia habitual. Os socialistas cometem o mesmo erro que os democratas nos Estados Unidos: em vez de evitarem fosse Cazeneuve a fechar a porta do miserável governo de François Hollande propondo-o para Presidente da França, preferiram o clientelismo partidário e o cinismo. Conclusão: enquanto a direita está unida, a esquerda encontra-se dividida como nunca esteve. As asneiras, como sabemos, pagam-se caro.

         - Aproveitando os bonitos raios de sol, meti mãos à obra e ontem de uma assentada aparei os relvados da parte norte da casa. E como se estivéssemos em pleno verão, trabalhei em tronco nu devido ao calor que sentia. De seguida fui fazer uma hora de piscina naquele momento vazia, com os dois nadadores, um rapaz e uma rapariga, em ameno palratório a um canto da unidade desportiva. 

         - Não obstante o que eu tenho dito acerca dos piu-piu palrador do facebook, twitter e outros sistemas que fazem amigos como bolotas a adornar o chão para porcos felizes, não há dia nenhum que não venha ao meu encontro alguém a pedir-me amizade. Que espécie de amizade, que sorte a amigos? Mistério. O mundo virtual alimentado do vazio da amizade virtual.


         - Nunca se matou tanto em nome de Deus e se reduziu o homem a uma coisa inútil. Por isso, para mim, Deus sofre horrores ao ver o destino que deram à sua suprema criação: o ser humano.