sexta-feira, dezembro 11, 2015

Sexta, 11.

É na televisão que hoje se joga o destino de uma nação e muitas vezes o futuro individual. Quem detestar aparecer naquela bocarra aberta à vulgaridade não existe, não conta para nada. Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa tem já a cadeira garantida em Belém. A democracia não é para aí chamada, as ideias muito menos, só o espectáculo importa e quanto mais mundano e superficial melhor. Ora, como o candidato está encontrado – as sondagens assim indicam – não vou perder o meu caro tempo a deslocar-me à mesa de voto. Onde não há democracia, não há eleitores. Basta a manjedoura onde estão por assim dizer todas as noites milhões a comer os enlatados ideológicos e políticos cozinhados pelas inteligências mentoras do povo.