terça-feira, junho 16, 2015

Terça, 16.
O mundo, aquele que os grandes escritores e humanistas ajudaram a criar, a pensar, a desenvolver e a humanizar, morreu. O que hoje existe é uma selva onde os mais fortes economicamente impõem a escravatura e a morte a milhões de milhões. Veja-se o que se passa com os migrantes que chegam no limite das suas forças e dignidade à costa do Canadá. O Governo recambia-os à procedência pagando por cada um 5 mil dólares aos mesmos delinquentes que os mercanciaram. Estes ganham duplamente: primeiro com os desgraçados, depois com os senhores. O Estado criminoso reconhece os seus pares. Ao que chegámos, santo Deus!

         - Estou a despachar as leituras que tenho em curso, ao todo uns quatro livros, antes das férias antigamente chamadas “as grandes”. Quero a partir de Julho iniciar os clássicos e como as páginas são aos milhares, vou precisar de me consagrar a eles e só a eles.

         - Descobri que o Black gosta de desenhos animados. Quando salta para a cadeira que lhe está reservada na cozinha e fica em frente ao pequeno televisor, se no ecrã passam desenhos animados, fica estático mexendo as orelhas sempre que as imagens se movimentam e emitem sons infantis. Experimento a desligar o aparelho e ele de imediato adormece.


         - Os nossos queridos comentadores que em profusão acamparam às manjedouras das televisões, vaticinam para breve a saída da Grécia do euro. Mal sabem eles o que se esconde dentro da caixinha de Pandora que a Alemanha e a França têm celeridade em abrir. A explosão que lhes rebentará nas mãos vai atingir todos à sua volta. Disso não tenho dúvidas.