Terça,
16.
O
mundo, aquele que os grandes escritores e humanistas ajudaram a criar, a
pensar, a desenvolver e a humanizar, morreu. O que hoje existe é uma selva onde
os mais fortes economicamente impõem a escravatura e a morte a milhões de
milhões. Veja-se o que se passa com os migrantes que chegam no limite das suas
forças e dignidade à costa do Canadá. O Governo recambia-os à procedência pagando
por cada um 5 mil dólares aos mesmos delinquentes que os mercanciaram. Estes ganham
duplamente: primeiro com os desgraçados, depois com os senhores. O Estado
criminoso reconhece os seus pares. Ao que chegámos, santo Deus!
- Estou a despachar as leituras que
tenho em curso, ao todo uns quatro livros, antes das férias antigamente
chamadas “as grandes”. Quero a partir de Julho iniciar os clássicos e como as
páginas são aos milhares, vou precisar de me consagrar a eles e só a eles.
- Descobri que o Black gosta de
desenhos animados. Quando salta para a cadeira que lhe está reservada na
cozinha e fica em frente ao pequeno televisor, se no ecrã passam desenhos
animados, fica estático mexendo as orelhas sempre que as imagens se movimentam
e emitem sons infantis. Experimento a desligar o aparelho e ele de imediato
adormece.
- Os nossos queridos comentadores que
em profusão acamparam às manjedouras das televisões, vaticinam para breve a
saída da Grécia do euro. Mal sabem eles o que se esconde dentro da caixinha de
Pandora que a Alemanha e a França têm celeridade em abrir. A explosão que lhes
rebentará nas mãos vai atingir todos à sua volta. Disso não tenho dúvidas.