Segunda,
8.
Continuo
a acreditar na diferença que faz o Syriza dos demais países atacados pelos
credores-manipuladores e por essa espécie de governantes melodiosos que cantam
a uma só voz nas exéquias antecipadas do seu destino. Acho a equipa que Tsipras
formou, de uma forma geral, muito digna e a trabalhar de cabeça levantada, a
seguir em contramaré não obstante as ondas alterosas vindas de todos os mares. Eles
não aceitam – e bem – a teoria de um só e irrevogável formato para a crise e
como têm no seu ministro da economia um professor ilustre, seguem-lhe as
directivas de resto justas e apropriadas.
- Eu, o desgraçado e talvez o único
português que não gosta de futebol, vem elogiar o dirigente da equipa do
Sporting. Não que a criatura seja mais honesta do que toda a turba desportiva,
mas porque teve a coragem de chamar os bois pelos nomes. Desde o ministro da Economia a deputados e às ditas figuras públicas, chamou-lhes o que eles
estavam a precisar que lhes chamassem. Bravo homem!
- A propósito e uma vez que a saga
futebolística não nos larga. Num métier
sem substância nenhuma, como é possível ser tão falado, abrir telejornais, ser
omnipresente em tudo e endeusado por multidões! Mistério e torresmos.
- Majestosos 1000 metros de natação. Água
de um azul da cor do céu, entrega do corpo ao exercício que não se sente, joie de vivre sob o firmamento
acastelado de mil murmúrios. Depois, estirado na espreguiçadeira, uma taça de
vinho branco fresco com uma fatia de tarte de alperces.