segunda-feira, junho 08, 2015

Segunda, 8.
Continuo a acreditar na diferença que faz o Syriza dos demais países atacados pelos credores-manipuladores e por essa espécie de governantes melodiosos que cantam a uma só voz nas exéquias antecipadas do seu destino. Acho a equipa que Tsipras formou, de uma forma geral, muito digna e a trabalhar de cabeça levantada, a seguir em contramaré não obstante as ondas alterosas vindas de todos os mares. Eles não aceitam – e bem – a teoria de um só e irrevogável formato para a crise e como têm no seu ministro da economia um professor ilustre, seguem-lhe as directivas de resto justas e apropriadas.

         - Eu, o desgraçado e talvez o único português que não gosta de futebol, vem elogiar o dirigente da equipa do Sporting. Não que a criatura seja mais honesta do que toda a turba desportiva, mas porque teve a coragem de chamar os bois pelos nomes. Desde o ministro da Economia a deputados e às ditas figuras públicas, chamou-lhes o que eles estavam a precisar que lhes chamassem. Bravo homem!

         - A propósito e uma vez que a saga futebolística não nos larga. Num métier sem substância nenhuma, como é possível ser tão falado, abrir telejornais, ser omnipresente em tudo e endeusado por multidões! Mistério e torresmos.


         - Majestosos 1000 metros de natação. Água de um azul da cor do céu, entrega do corpo ao exercício que não se sente, joie de vivre sob o firmamento acastelado de mil murmúrios. Depois, estirado na espreguiçadeira, uma taça de vinho branco fresco com uma fatia de tarte de alperces.