segunda-feira, junho 15, 2015

Segunda, 15.
O forte temporal que se abateu na capital da Geórgia, matou doze pessoas, vinte estão desaparecidas, a par de casas destruídas ou inundadas, viaturas submersas, desorganizando a cidade e transformando-a num lago gigantesco onde a água cachoava por todo o lado. Nem o jardim zoológico escapou com a maior dos animais assustados, macacos afogados, hipopótamos perdidos, leões mortos, tigres e crocodilos em fuga. Vi na TV5 um animal pendurado na janela de um prédio de dois andares.


         - A Grécia verga, mas não cede. Todos os dias temos notícias da sua capacidade e coragem em fazer face aos tubarões especuladores que a tentam destruir. Uma parte da Europa do euro quer que ela deixe o clube dos alienados; outra tudo faz para a manter dentro das suas fronteiras. Mas Tsipras, apesar de não saber onde vai buscar o dinheiro que todos lhe recusam, insiste nas suas razões e penso que irá até ao limite, quero dizer à saída do euro. Aí começará o fim de uma organização que se perdeu dos fins para que foi criada, prisioneira do lucro fácil, desumano e criminoso que se instalou por sua culpa por todo o lado. Nunca os ricos foram tão ricos, nunca os pobres foram tão miseráveis e a viver no limite da sobrevivência, nunca os impostos foram tão elevados, transformando cada cidadão num escravo dos Estados. Não me venham com sondagens, números e gráficos. É tudo falso, composto para fazer perdurar uma associação que há muito os povos recusam. Só falta acabarem de vez com estado social que foi a conquista mais valiosa e comummente louvada do pós-guerra. Enquanto isso, bancos e instituições financeiras roubaram, traficaram, corromperam, lançaram ao lodo empresas sólidas, e quem pagou foram as populações. Nenhum político digno desse nome levantou a voz para dizer basta. Todos se encolheram, porque todos lucraram com isso. A velha máxima to big to fail funcionou às mil maravilhas.