terça-feira, fevereiro 17, 2015

Terça, 17.
O Egipto bombardeou posições da Deach na Líbia em retaliação pela decapitação de 21 cristãos coptas levada a cabo há dias. Crime horrendo, bárbaro, insuportável de pensar. E lembrar-me eu das promessas que a Europa e os Estados Unidos fizeram para aquela zona. Não descansaram enquanto não derrubaram Kadhafi, supondo que a região lhes tombava afortunada para bons negócios, além de estrategicamente favorável às suas ambições. O resultado está a vista.

         - O cemitério de Sarre-Union na Alsácia, foi vandalizado por um grupo de miúdos dos 15 aos 17 anos. Aparentemente com o intuito de se divertirem, sem terem em conta aquilo a que os adultos chamam um acto anti-semita. A polícia abriu um inquérito, mas a verdade é que já não é a primeira vez que tais actos têm lugar em França. Por essa razão, Julien Green optou em vida por ser enterrado na Áustria.

         - A Dinamarca inundou o local onde morreram os mártires de anteontem com flores e uma noite de vigília. Mas onde tombou o algoz, amigos íntimos também depuseram flores em memória daquele que eles dizem ter sido um rapaz muçulmano íntegro. A polícia porém, informou que capturou dois cúmplices do desaparecido. Admiro, sem apoiar, a coragem dos jovens que vieram dizer da sua fé no Islão.

         - Entre nós é sempre o dinheiro que tem importância e primazia. Vem ao caso o facto de os antigos administradores do BES que deixaram o país à beira da desgraça e os clientes na pobreza, ameaçarem os gestores actuais com o tribunal por lhes terem reduzido as reformas. Estes gananciosos e insensíveis pacóvios, que tinham 130 mil euros/mês de reforma, choram porque estão hoje apenas com a módica quantia de 30 mil euros.

          - Momentos excelsos há pouco debaixo do alpendre embrulhado numa manta de sol, com o fio do vento em redor tecendo uma melopeia de sons translúcidos enquanto lia. Como a vida é bela! Como cada instante é parte de um todo que só Deus conhece cada partícula!


         - Rimbaud dizia: j´attends Dieu avec gourmandise. E tu pobre homem tantas vezes descrente.