quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Quarta, 18.
É manifesto que toda a obstrução e chantagem que a Europa do euro está a fazer à Grécia, a começar pela Alemanha e os incorrectos lamentos do seu ministro das Finanças contra a opção saída das eleições, são a trincheira que a distancia da alternativa grega. Os grandes líderes da desgraçada Europa, têm medo venha a ser exequível o programa de Tsipras. Mais: o temor que o Podemos, a Frente Nacional de Marine Le Pen e outros povos fartos da ditadura de Bruxelas, possam vir a pôr em causa pelo voto democrático os projectos que os empobreceram e fizeram crescer a corrupção e as grandes fortunas. Esta luta que vamos observando com muito interesse, é determinante para o nosso destino comum. Felizmente há povos que destemidamente enfrentam com o voto esses curandeiros da desgraça, esses sabichões de interesses mafiosos, constituídos em círculos de manigâncias e conluios com o único propósito de manter ganhos hegemónicos e de muita outra natureza, todos opostos à conveniência dos povos que juraram defender. Não é por acaso que o Reino Unido não quis entrar na moeda única.    


         - Às vezes dá-me para pensar. Sim, caros leitores, tenho desses momentos... Outro dia dei comigo a cogitar o que seria dessas centrais de advocacia que ganham aos milhões por possuírem o condão de transformar ladrões em virtuosos cidadãos, corruptos em homens honrados e ilícitos de ordem vária em normalidade. Se os políticos de súbito passassem a ser pessoas honradas e impolutas, que aconteceria a essa raça de causídicos brilhantes? Cerrariam portas eu sei. Mas como se manteriam tendo em conta o trem de vida que se lhes conhece. Por isso, para bem de toda a gente, vendo bem, é melhor que Portugal continue com a sua querida classe política. Por uma razão simples: a sopa dos pobres abarrota à sombra da pobreza divina.