terça-feira, agosto 01, 2023

Terça, 1 de Agosto.

Comecei o dia (hora e meia) em pequenos afazeres lá fora. Depois fui apanhar uma dúzia de figos, são os primeiros numa batalha contra os pássaros que antes de mim os provaram. Ensaiei pôr a roçadora a trabalhar, em vão. Sua excelência habituada à ronceirice do Inverno, recusou. Tentarei amanhã. 

         - No fundo, a grande protecção a Francisco, não é por causa do que pode surgir, mas de alerta ao que antecipa a Bíblia, nomeadamente, São João. Tal como o mundo está, muita gente que lê as Escrituras, interroga-se se o fim não estará próximo. Foi de tudo isto que eu estive uma hora ao telefone com Francis. Ele ocupou altos cargos políticos, conhece muita gente, e está bem colocado para sofrer de tanta dúvida e interrogação, face ao que se passa no mundo, cuja trajectória se vai desenhando com precisão. A Rússia, Irão, China, Coreia do Norte, muitos países africanos do um lado; do outro a Europa, Estados Unidos, os países da OTAN, América Latina, com o mar Negro de permeio. Francis que está ligado aos Jogos Olímpicos de Paris, disse-me que estes são uma incógnita, visto que se os atletas russos forem impedidos de participar, os africanos e outros, em protesto, desistem.  

         - Ontem tendo ido a Lisboa almoçar com o João Reino, na vinda camuflei os ouvidos com pedaços de papel para não suportar o vagão cheio de peregrinos. Entraram de rompante em Roma-Areeiro, tomaram por completo o Fertagus e, sendo de origem espanhola, não conversavam, berravam. Pior: desceram comigo em Pinhal Novo. Não havia nenhum jovem, todos andariam pelos quarenta anos. O guia, português, para se defender, não se misturou preferindo viajar de pé na plataforma da entrada. Só espero que estas jornadas não sejam motivo para os jovens (e mais velhos) perderem Deus de vista, antes pelo contrário nelas encontrem um minuto de silêncio para estar com Ele.