quinta-feira, agosto 17, 2023

Quinta, 17.

O PSD pela voz do seu dirigente máximo e de uma forma propagandista e demagógica que só convence os tolos, vem acenar ao povo pobre e a viver em condições miseráveis, que quer reduzir o IRS em todos os escalões. O PS que gritou durante anos que o PSD foi o campeão dos impostos, logo que se instalou começou pouco a pouco a carregar na carga fiscal até se tornar no partido que mais escravizou os contribuintes com cargas insuportáveis dos mesmos. O que um e outro não explicam, é como se pode ter uma vida equilibrada e feliz, continuando o país a viver de empréstimos, de dinheiro vindo daqui e dali, sem indústria e sem capacidade de trabalho e produção de riqueza. Estes políticos demagógicos não têm visão, não são capazes de pensar Portugal num horizonte rasgado. Vivem o momento, a ganância de poder, e sabem que o povo satisfaz-se com qualquer merda de dez réis de mel coado que lhe oferecem. 

         - Aumentou para 110 o número de mortes no Havai. A ilha Maui parece ter sido a mais atingida. Mas o saldo está longe de fechar. Ali como por todo o lado, neste mundo voltado do avesso, as negligências públicas apontam para grande parte da dimensão do sinistro. As sirenes não tocaram a avisar as populações, a electricidade não foi cortada nem no inicio do fogo, nem depois. O chamado funcionalismo público, que deve estar ao serviço das populações, está para adorar e defender o seu próprio umbigo e, sobretudo, reivindicar melhores salários, regalias, horas de sono. As democracias não sabem como lidar com o mundo de hoje. Os dirigentes preocupam-se consigo próprios, com as honrarias, os altos vencimentos; os súbditos seguem-lhe os passos e cada um por seu turno marimba-se para a democracia e a defesa dos seus concidadãos.  

Uma cidade inteira calcinada. 

         - Enquanto a Piedade se ocupava da casa, eu andava lá fora a regar, a apanhar figos, uvas, a lavar o carro. Esta quinta este ano parece um celeiro. Nunca tive tantos figos e brevemente vou recolher maçãs de várias qualidades, a seguir dióspiros, por fim romãs e marmelos. Antes de empreender alguma viagem, quero recolher a lenha para debaixo do telheiro, depois de cortada e rachada. Que venha o Inverno, o doce e terno Inverno que me fará mergulhar a fundo no romance e recuperar as horas de sono que o Verão me surripia todos os anos. 

         - O livro de Henry de Montherlant, Un Voyageur solitaire est un diable, ainda não subiu à biblioteca de cima. Está profusamente anotado e sublinhado, e transcrevo para aqui estas frases que dizem bem da sua personalidade e nos servem a nós de epígrafe mais do que nunca da realidade: “L´intelligence isole. L´indépendance isole. La franchise isole. Le corage isole.” Eu acrescentaria: a honestidade isola.