quinta-feira, julho 06, 2023

Quinta, 6.

Mais uma acha para a fogueira deste governo miserável. Diz o Público assim que abri o computador e logo entraram as desgraças do dia: três anos após a morte do infeliz Ihor Homeniuk, assassinado no aeroporto de Lisboa por agentes criminosos, nada ou quase nada mudou do muito que o governo anunciou. Por exemplo, o Mecanismo Nacional de Prevenção, ligado à Provedora de Justiça, viu que não há “botões de pânico” e videovigilância em todas as salas de entrevista do espaço em Lisboa, como foi decidido após a morte do imigrante. Quantos mais terão de morrer para que o executivo (ainda por cima dito socialista, é bom lembrar) proceda em conformidade com quem escolhe acoitar-se entre nós?  

         - Embora tivesse engolido um Valdispert antes de me atirar a três horas no romance e depois das regas e pequeno-almoço, o facto é que saí esgotado e alterado das duas páginas (um record) cheias que consegui. Satisfeito, rapaz? Não. Vou ter de dar tempo ao tempo e voltar a lê-las com a acuidade de um revisor conhecedor da língua e da técnica romanesca. Não gosto que as palavras galopem sobre a folha do computador, prefiro ser controlado por elas. 

         - Para aliviar a tensão, fui fazer natação. A piscina só para mim excedi-me e fiquei uma hora quase sem parar. Voltei breve para casa, porque tinha para o resto da tarde o Sr. Correia a gradar a quinta. Agora, 17,50, olho através da janela o vasto campo que parece ter duplicado de área – um susto quando um hectare já me parece excessivo. 

         - Li não sei onde que o ano passado o montante que o Estado nos cobrou de impostos, foi de 100 mil milhões de euros! Assim se percebe a razão de o país ter estagnado e a classe política ter crescido de importância, status e corrupção. Os escravos cá estão para a alimentar.