quarta-feira, agosto 31, 2022

Quarta, 31,

Faleceu Mikhail Gorbatchev aos noventa e um anos, um homem afável, um estadista credível, um visionário que soube restaurar a paz e fazer frente à demência dos velhos relhos que arruinaram o seu país e reduziram o povo à pobreza, à humilhação, à indignidade humanas. A chamada Glasnost (transparência) e a Perestroika (reconstrução) imperou e irmanou a Rússia à Europa, aos Estados Unidos e ao resto do mundo; o poderio bélico sofreu um revés, a humanidade encarou o futuro com mais esperança e paz. Gorbatchev e Alexander Soljenítsin foram os grandes homens que tiraram a Rússia da tirania comunista e a lançaram no caminho da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Até à chegada de Putin, um homem vulgar, sem horizontes, sem moral nem dimensão, que não sendo comunista herdou o pior que Estaline criou. Imagino o que Gorbatchev sofreu, ao ver a invasão da Ucrânia o país das suas raízes.