sábado, agosto 13, 2022

Sábado, 13.

O escritor Salman Rushdie, autor de Os Versículos Satânicos, desde há trinta e três anos sob a fatwa, decretada por Khomeini, líder espiritual que viveu anos a fio em França e quando do derrube do Xá assumiu a liderança (e a vingança) do Irão, acaba de ser atacado por um fanático de 24 anos, no estado de Nova Iorque, onde se encontrava para palestrar sobre o acolhimento que os Estados Unidos dão aos escritores aí exilados. O infeliz está em estado reservado e a sua vida corre perigo. Foi ferido no pescoço e abdómen, entre outras partes do corpo. Esta é também outra forma da globalização bárbara, que deixa à mercê dos interesses religiosos e financeiros, a liberdade e o humano convívio entre civilizações.  

         - Eu não tenho dúvidas que Trump tentou um golpe de Estado. Ele deu-se a si próprio  o domínio exclusivo do grande país que é a América, juntando-se a alguma canalha sórdida do grande capital e aos ambiciosos do seu partido, que cobriram todas as ilegalidades que foi cometendo ao longo do seu mandato. Esta personagem horripilante, com qualquer coisa de libidinoso, depois de ter ajudado à invasão do Capitólio onde morreram várias pessoas, no momento da saída, lutou contra a evidência: a perda de mandato nas urnas. Pior ainda: levou para a sua mansão na Flórida dossiers secretos, entre eles, os relacionados com armamento nuclear, destruiu muitos outros documentos, fez uso de papéis top secret da Defesa e registos oficiais. O FBI é de opinião que ele violou (eles dizem pode ter violado) a lei de espionagem. Quem não teve dúvida no mandado de busca, foi o secretário de Justiça e procurador-geral dos EUA, Merrick Garland. 

         - Todos os meses recebemos doentes do privado por ter acabado o plafond, diz o médico Bruno Maia. Mas não explica porquê. Eu digo: porque esticam ao máximo tratamentos, mezinhas, medicamentos e diagnósticos muitos inúteis, de forma a sugar o seguro de saúde dos azarentos que, julgando-se ricos, acabam enxotados para os hospitais públicos. Há muito que as coisas se passam deste modo. Eu só uso o privado quando o público não me acode – e mesmo assim com muitíssima moderação. Não quero ser joguete nas mãos da medicina arrogante e gananciosa. 

         - Estou que não sei. Adoro fazer os meus diários 250 metros de natação, mas tenho medo da tonteira que parece ter diminuído, mas não apreciar os abusos de entusiasmo do desportista.