segunda-feira, agosto 08, 2022

Segunda, 8.

Não sei se concordo com o filósofo André Barata. Não conheço nenhum dos seus livros, mas a entrevista que saiu ontem no Público abriu-me uma janela de romantismo que facilmente é aproveitado pelo sistema capitalista e neoliberal que ele combate. Muito antes de pôr em prática as suas ideias, a peleja deve fazer-se ao nível da evolução da sociedade através do conhecimento e da cultura. De contrário, como em certa medida já hoje se verifica, a difusão de condições materiais sem esforço, arrasta multidões para o dolce far niente com todas as implicações que isso acarreta. Estou de acordo quando diz que “o neoliberalismo em que vivemos é a coisa mais totalitária que alguma vez vimos”, mas fazer depender a vida de cada um da sobrevivência do Estado, é reduzi-la a uma enorme massa de dependentes e, portanto, à subserviência e à manipulação. Mas concordo inteiramente quando contraria o que eu sempre combati, a saber, “o pensar inclusivo, que funciona por alargamento de um circulo de inclusão”. Espero que os senhores jornalistas de hoje, tenham lido e meditado sobre o assunto. 

         - O mundo não precisava de mais um conflito nestes últimos dias coberto de mortes e feridos: a eterna insurreição entre israelitas e palestinianos, mais exactamente o grupo Jihad Islâmica. Ao todo morreram pelo menos catorze pessoas e os rockets não param de um lado e outro.  Eu tendo a colocar-me do lado dos mais fracos, embora toda a Faixa de Gaza seja um permanente campo de batalha que a comunidade internacional não conseguiu até hoje pacificar. Devíamos parar e ir às origens da implantação dos povos na zona e tentar a partir daí a solução. Todos têm direito à sua pátria, livre e independente. 

         - Praticamente estou instalado na prática diária de natação com referências adquiridas: 250 metros feitos em vinte minutos. Nada mau.  

         - Não tarda comerei os primeiros figos de mel. Todavia, aqui e acolá, vou trincando uma maçã. As árvores, como é de hábito nesta época, estão a abarrotar de frutos. Os dióspiros, sendo menos que no ano passado, têm ramos derreados de peso. E que dizer do marmeleiro! Interrompo. De contrário, estou como Orwell a dar o rol diário de ovos das suas galinhas.