sexta-feira, julho 08, 2022

Sexta, 8.

Boris Johnson, o formidável primeiro-ministro, demitiu-se não suportando a pressão dos gananciosos apressados em ocupar o seu lugar, esses que não há muito tempo no Parlamento lhe haviam dado a maioria para continuar a governar. Tal como a sua antecessora, foi um excelente político: original na forma, pleno no conteúdo, sem o peso formal da importância do cargo, ligeiro de personalidade, seguro nos afectos, sem temores nem agravos de síntese, esteve sempre onde era suposto e estar enfrentando as situações corajosamente. Pecou pela sua rebeldia, a sua personalidade, e suspenso de uma espécie de enfant terrible natural nele, pensou que podia escapar às leis que ele próprio havia redigido – não conseguiu. Zelensky chora a sua partida, Putin exulta. 

         - Outro dia quando estive na Fnac, encontrei um livro de Francisco José Viegas, Um Céu Demasiado Azul. O achado por si só foi um prazer; a sua leitura que comecei de imediato passando à frente de um muro doutros autores em espera, promete ser mais uma saborosa e intensa redescoberta da nossa conhecida personagem, Jaime Ramos. Que se cruza com alguns dos nossos importantes políticos de chinelo. José Viegas é fogo, digo-vos eu. 

         - As temperaturas puseram-se, enfim, de acordo com os sábios meteorologistas. Por uma semana vamos viver com a canícula que nunca descerá abaixo dos 35 graus. Aqui, neste momento, estão 38º. Pela uma da tarde, ao atravessar o Rossio, estavam 41 brasas. Fui à Nacional para almoçar, mas desisti por a ementa não me agradar. Dali disparei para  Av. de Roma, e abanquei no Vitta Roma onde comi. De seguida fui ao Corte Inglês comprar meia dúzia de codornizes para confeccionar uma empada para arquivo. De regresso, no Fertargus que não é dirigido pelo sovina ministro das Infra-Estruturas, havia refrigeração, comboios a horas, segurança e um serviço 5 estrelas. Mal pus a chave à porta, vesti os trapos reduzidos que por aqui uso e mergulhei não sei para quantos metros de natação porque não os contei. Antes, seco de cede, atirei-me  a um melão fresquinho que tinha no frigorífico e marcharam quatro talhadas.