quarta-feira, julho 06, 2022

Quarta, 6.

Para não quebrar a manhã a meio, pelas oito e trinta, estava sentado na Versailles, o computador aberto, imergido no romance. Assim estive até perto do meio-dia quando levantei amarras para ir ao encontro do meu dentista com consultório ali perto. Ontem também estive em Lisboa a encomendar na Fnac do Chiado o livro de Jeanne Hersech L´Étonnement philosophique. Bom. Tudo isto para falar do SARS-Cov-2 que só ontem fez em França 206 mil novos casos, mas que por cá parece interessar pouca gente. Mesmo assim, observei nestes dois dias, no metro como nos restaurantes, o retorno da viseira e da máscara em simultâneo em várias pessoas. Tal como eu fazia quando o bicho nos invadiu há dois anos. Aqui por Palmela, parece haver centenas de indivíduos confinados em casa. O Fortuna e a mulher foram infectados, ela ficou internada e o seu estado parece complicado.   

Eu comecei assim a combater o vírus chinês, 

         - O novo homem do PSD, como o seu antecessor, expõe os crimes de Costa, mas não nos dá o remédio que aplicaria ao doente se fosse governo. É o blá blá blá de que fala a senhorita Thunberg e que não se suporta. Ele resolveu entrar leão, mas vai sair cordeiro. Levantou a questão das responsabilidades dos bombeiros e presidentes de câmara de Pedrogão nas mortes dos incêndios. Quem foram os culpados: os autarcas, os bombeiros, as chefias destes, o sistema de comunicações, a GNR? Toda a gente sacode a água do capote: volvidos cinco anos a culpa é sempre de alguém nunca destes ilustres funcionários públicos que remetem a tragédia para o Estado, como quando há mau tempo a culpa é sempre do anticiclone dos Açores. Acontece que o Estado somos todos nós. Que triste país, que cândido funcionalismo público. 

         - Confesso que tive um choque, até passei a noite com perturbações no sono, pensava como podiam os filhos, a mulher espanhola, o avião, as inúmeras casas, a vida de luxo que os pacóvios invejam, os automóveis que os novos-ricos cobiçam, como podia todo este mundo sobreviver com a redução de 80.000 mil libras/semana ao ordenado de 500 mil multiplicadas por 4 em Inglaterra onde trabalha. Isto não se faz! Sou eu que vos digo! Estou fulo! Pobre rico que em breve ele e a família arriscarão cair na indigência! 

         - A Rússia vai ser corrida de membro da Interpol ficando sem acesso à informação que a instituição facilita aos seus associados. Putin servia-se dos dados pessoais dos seus adversários para os atacar, matar ou afastar do seu horizonte. Não sei como há gente que simpatiza com um tipo deste jaez .