sexta-feira, julho 01, 2022

Sexta, 1 de Julho. 

O arrogante ministro Nuno Santos, espécie de dono disto tudo, aproveitando a ausência do primeiro-ministro em campanha para um qualquer cargo na UE, despachou que o novo aeroporto fosse construído em Alcochete. Da decisão disse Costa nada saber, como não tinha conhecimento o Presidente da República. A bronca estourou com tal estrondo, que António Costa revogou imediatamente a decisão do seu apenso e, depois de uma conversa entre camaradas, optou por lhe perdoar a ultrapassagem e apertando-lhe a mão confirmar o velho ditado: tudo como dantes quartel-general em Abrantes. Quem sai borrado desta situação à portuguesa é Costa que, apesar da maioria, tem um Governo permanentemente a apanhar bonés. A mediania da sua equipa é confrangedora. Marcelo, por seu lado, foi dar mais uma volta desta vez ao Brasil e não tarda aí. Povinho, tu, amocha. Trabalha para pagar os impostos utilizados nesta rebaldaria. Não é bela a democracia?!  Se Salazar, Caetano e os capitalistas que os apoiaram soubessem quanto ganhariam com a democracia... Dito isto, Alcochete ou Montijo, os interesses económicos e a especulação imobiliária, são quem decide – os políticos são fantoches das suas ganâncias. Não é bela a democracia?!  

         - A França, nesta última semana, viu crescer os casos de covid-19 para mais 233 mil. Por cá, isso já não dá espectáculo. Daí que jornais e televisões se ocupem das mortes e bombardeamentos na Ucrânia. A guerra vista dos sofás das casas dos portugueses, é um filme empolgante.

Eu não largo a máscara

         - A semana passada, voltando à filosofia, li um livro de Joke J. Hermsen Melancolia em Tempos de Perturbação. A autora não acrescenta nada de seu. Antes confronta-se confrontando-nos com os velhos filósofos da Grécia Antiga aos nossos contemporâneos. É uma obra, digamos, interessante, mas que não trás um olhar novo que se destaque. Por vezes até, peca por obscurecer o leitor e a filosofia, como nesta passagem incompreensível, muito ao gosto dos filósofos modernos, quanto mais complicado, melhor: “Os escritores e artistas procuram, com um olho, as dimensões ainda por articular do mundo intermédio – “o externo” -, e exploram com o outro as possibilidades da linguagem ou o meio em questão para lhes dar expressão.” Perceberam? 

         - Comecei e terminei o corte da relva em torno da piscina. O “brinquedo” é causa e consequência de tal rapidez. Antes, com o outro corta-relva, estava uma manhã inteira para o pôr a trabalhar; agora, com este, senão me acautelo, ele leva-me num instante ao castelo de Palmela. Depois, com a roçadora, aparei os bigodes em volta. O resultado é um encanto que dá gosto ver.