domingo, julho 24, 2022

Domingo, 24.

Faz 150 dias que a guerra começou na Ucrânia. Zelensky resiste com a ajuda dos EUA e da Europa entre outros países. Mas começa a haver fissuras, sobretudo na Hungria, Polónia e mais disfarçadamente noutros países europeus. Toda a zona junto ao Mar Negro tem estado sob fortes ataques e a Rússia praticamente impera em Donetsk, Lugansk e Kherson sem esquecer a Crimeia onde se instalou em 2014. Nesta altura o exercito ucraniano faz frente ao invasor em Kharkiv, Nikolaiv e Zaporigia. Combate-se ainda numa grande parte de Donetsk. Tudo isto é absurdo, idiota, imperialista e não diverge muito da política de Hitler. Aliás, quando este deixou a Rússia, Estaline mandou substituir a cruz suástica pelo seu busto. Um ditador sucede a outro ditador.

         - Com o seu ar freirático (a avaliar pela foto) a irmã que escreve ao domingo na última página do Público, não me engana. Reparo bem ao que vem. Tudo do que ela acusa Boris Johnson é, rigorosamente, o que faz e diz o seu “bonito” António Costa, e o mentiroso “bonito” Pedro Nuno Santos. Mas destes só elogios. É certo na capoeira em que se transformou o jornal, cada galo (ou galinha) canta com os instrumentos que possuem – e esta entoa em dó... Por este caminhar, um dia destes, acontece-lhe o que adveio a Adão e Silva – é nomeada ministra de qualquer coisa. Ao antecessor houve quem escrevesse um livro com este título José Sócrates – O Menino d´Ouro. Tinha razão a talentosa escritora que foi sobretudo uma vidente, antecipando o célebre apelo telefónico do “menino d’ouro” para o seu banqueiro: “Manda-me aquilo que eu gosto tanto.”  Foram milhões. 

         - Interregno climático hoje todo o dia. Benfazejo quando se sabe que é nos fins de semana que o trabalho aqui redobra. Interiormente, contudo, um murmúrio de inquietação, uma paragem palpitante que desassossega, interrompe o fio condutor de vida e de certo modo paralisa, sustem, instala a penumbra que apodrece os dias. Sinto-me infeliz por ter nascido português, não tanto pelo país, mas por tudo o que os políticos pacóvios têm feito dele, não por ele, mas por todos nós que somos mais e melhor que um rectângulo de terra na extremidade do continente europeu.