sábado, dezembro 11, 2021

Sábado, 11.

O carrossel não pára. Deve ser por gostar de girar nele que Costa e os outros socialistas adiam e malbaratam, fazem e desfazem argumentação, contra a lei (as leis) da corrupção. Andamos nisto há anos! E percebe-se porquê: a grande maioria dos criminosos e corruptos está instalada no partido de António Costa antes de José Sócrates. Agora o MP (esse implicador, inventor de cenários, invejoso da riqueza alheia) traz à liça pública mais três (três duma só vez) governantes da era do ex-primeiro ministro e dono disto tudo: Rui Manteigas, ex-administrador das Estradas de Portugal (hoje está como secretário-geral da Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-estradas e Pontes com Portagens, vá-se lá saber porquê); Paulo Campos, ex-secretário de Estado das Obras Públicas; Carlos Costa Pina, ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças (hoje administrador executivo da Galp ora toma!). Este pagode está acusado de vários crimes relacionados com as célebres PPP rodoviárias, só Paulo Campos foi indiciado por dez crimes; Costa Pina idem e Manteigas não foge ao resto. Quem escapou (por agora, penso) foi Mário Lino (o homem do jamais e do deserto onde eu vivo), assim como o camarada António Mendonça. Bref. 

         - É simplesmente admirável de lucidez e sagesse a entrevista do major-general do Exército Carlos Branco. Ele foi dos últimos a deixar o Afeganistão onde trabalhou com o Governo real e o quimérico americano. Grande conhecedor das condições sócio-políticas-tribais, retrata com sabedoria e equilíbrio o desastre político e humano que os americanos deixaram ao rasparem-se do modo que conhecemos do país. Vale a pena ler a entrevista no Público (já agora também o livro que o militar acaba de editar) para se ter um ideia precisa do que foi, é e será o Afeganistão dos nossos dias. Eu disse aqui que seria vantajoso ouvir e dialogar com a nova geração de talibãs, pois encontro-me com o livro e a entrevista com o oficial do Exército que pensa da mesma maneira. Para avivar o interesse, aqui deixo parte de uma resposta à pergunta (toda e entrevista do jornalista Ivo Neto é muito interessante e bem pensada) sobre a comunicação entre as partes.  "(...) As forças internacionais, nomeadamente, os Estados Unidos, preocuparam-se sobretudo com as suas opiniões públicas. No Afeganistão cometeram uma série de erros que as distanciou da população.” População do país profundo onde os novos talibãs fizeram trabalho de casa muito competente, aprendendo a dialogar com os povos falantes pasto e dari. Esse trabalho árduo e obstinado, levou à vitória da nova geração de líderes afegãos. 

         - Esta frase de António Barreto hoje no Público: “Todos os fenómenos de racismo e de xenofobia recebem um impulso da imigração descontrolada.” 

         - Depois de duas horas de leitura, fui cortar os rebentos dos sobreiros que estão por todo o lado. Andei nisto perto de duas horas e depois fui queimar os resíduos do verão. Fiquei como se tivesse levado uma sova, apesar da cinta elástica. Ossos do ofício. 

         - O meu sobrinho, do alto da sua juventude, pensava que o corona só apreciava corpos de velhos, afinal também adora os formosos de vinte anos. 

         - A Piedade veio aí, satisfeita. A marmanja que vivia lá em casa à sua conta, ao princípio da noite, foi devolvida à procedência pelo neto. Quando este voltou, acusou-a de ser a responsável pela separação. Casa-te, Helder, porque não te casas?