sábado, fevereiro 22, 2020

Sábado, 22.
O Público faz uma homenagem ao seu articulista de anos, Vasco Pulido Valente, falecido ontem. É na verdade uma grande perda, uma voz que se cala, um espírito livre, independente que nos dava um ângulo sempre único da nossa vida comum. A sua morte deve ter levado magotes de políticos a esfregar as mãos de alívio, embora, cinicamente, o louvem para a plateia televisiva.

         - O Covid 19 não pára de se propagar. A Itália está preocupantemente atingida. O número de mortes aumenta por todo o lado. A Hungria onde conto estar em breve, parece que é o único país na Europa que mantém os voos diários de e para a China. Pavor. Segundo sei, apesar disso, nenhum caso até ao momento. Já tenho as máscaras para o caso de...

         - O caso Operação Lex continua a surpreender-nos. Sócrates arrasta consigo uma legião de admiradores. Entre eles juízes desembargadores e jubilados. A Justiça anda pelas ruas da amargura quando devia ser o pilar límpido da República e da Democracia. Depois do casal Rangel, chega agora o juiz-empresário Vaz das Neves.

         - Na Alemanha um louco que dizem pertencer à extrema-direita, entrou em dois bares e dizimou quem encontrou no caminho e de regresso a casa matou a mãe e deu-se a morte a si próprio. Total: nove mortes.

         - O pôr-do-sol, curioso, espreitando para o interior do salão, permitiu ao seu locatário estas curiosas fotos.




         - Às voltas com a calda Bordalesa que vai cozinhando em lume brando. Lavei o carro como o pequeno-burguês Cavaco Silva na Rua do Possidónio. Ouvi, pacientemente, o Fortuna durante uma hora a ler o que me havia lido duas ou três vezes já. Dia lindo de morrer. Tudo explode.