Sábado,
22.
O
Público faz uma homenagem ao seu articulista de anos, Vasco Pulido Valente,
falecido ontem. É na verdade uma grande perda, uma voz que se cala, um espírito
livre, independente que nos dava um ângulo sempre único da nossa vida comum. A
sua morte deve ter levado magotes de políticos a esfregar as mãos de alívio,
embora, cinicamente, o louvem para a plateia televisiva.
- O Covid 19 não pára de se propagar. A
Itália está preocupantemente atingida. O número de mortes aumenta por todo o
lado. A Hungria onde conto estar em breve, parece que é o único país na Europa
que mantém os voos diários de e para a China. Pavor. Segundo sei, apesar disso,
nenhum caso até ao momento. Já tenho as máscaras para o caso de...
- O caso Operação Lex continua a surpreender-nos. Sócrates arrasta consigo
uma legião de admiradores. Entre eles juízes desembargadores e jubilados. A
Justiça anda pelas ruas da amargura quando devia ser o pilar límpido da
República e da Democracia. Depois do casal Rangel, chega agora o
juiz-empresário Vaz das Neves.
- Na Alemanha um louco que dizem
pertencer à extrema-direita, entrou em dois bares e dizimou quem encontrou no
caminho e de regresso a casa matou a mãe e deu-se a morte a si próprio. Total: nove mortes.
- O pôr-do-sol, curioso, espreitando
para o interior do salão, permitiu ao seu locatário estas curiosas fotos.
- Às voltas com a calda Bordalesa que vai
cozinhando em lume brando. Lavei o carro como o pequeno-burguês Cavaco Silva na
Rua do Possidónio. Ouvi, pacientemente, o Fortuna durante uma hora a ler o que
me havia lido duas ou três vezes já. Dia lindo de morrer. Tudo explode.