Domingo,
2.
O
que mais admiro nos ingleses, é o profundo respeito pela democracia. Nestes
três últimos anos passaram por tudo – ameaças, mentiras, golpes baixos da UE,
ódios, estratégias políticas, rolaram cabeças, o Parlamento foi achincalhado, convocaram
novas eleições, manipulações, esgotamentos – mas nunca cederam: o povo decidiu,
está decidido. Numa eleição, como se sabe, há sempre quem concorde com o
veredicto e quem discorde, quem diga que foi enganado e quem se deixou enganar.
Viva a democracia! Viva o Reino Unido! E já agora o senhor que se segue...
- A bem nutrida Isabel dos Santos (a
febras, santolas, amêijoas, lagosta e vinho tinto fresco como é hábito dos
africanos endinheirados), a conselho do paizinho e dos advogados pagos a peso
de oiro, fechou o sorriso e a boquinha rechonchuda para não deixar escapar mais
bílis de indignação contra a sua inocência. Segundo o Expresso diz que ela está a negociar com Luanda “o arresto dos seus
bens, mediante o pagamento das dívidas”. Está a negociar?! Mas então os crimes
negoceiam-se ou são resolvidos nos tribunais? De acordo com o semanário, 193 milhões de
euros contraídos pela grande empresária à Sonangol não foram para ajudar os
pobres africanos. Com certeza que não. Com o empréstimo que deve ter tido o
aval do pai, comprou acções da Galp; assim como os 146 milhões de euros
contraídos pelo casal vip, Isabel e Sindika Dokolo, à Sodiam foram entrada no
capital da holding que adquiriu a
joalharia De Grisogono entretanto em falência. É certo e sabido, que no final a
menina Isabel vai sair por cima como saiu Cristiano Ronaldo e quejandos – paga
o que deve ao fisco e bico calado não se fala mais nisso.
- Vou retendo uma série de expressões
húngaras, porque sei que a maioria do povo não fala inglês ou francês. Assim:
por favor, kérem; um café por favor, kétem
egy kávét; adeus, vizzontiásra;
boa noite, jó éjt; bom dia, jó reggelt; olá, szia; obrigado, koszonom (faltam
os tremas nos os).
- Dia resplandecente. O sol voltou e
estendeu-se preguiçoso sobre o campo radioso, mais puro e ebúrneo devido às
chuvas da semana passada. A Annie, ao telefone, disse-me que não vê a hora de
aqui tornar. Leituras lá fora. Cheguei à página 1000 do Green que em 1935
parece estar a mudar de vida, acompanhando a Europa preparando-se para a
Segunda Grande Guerra.