domingo, fevereiro 16, 2020

Domingo, 16.
O PS insiste e o BE vai a reboque. Mais uma vez Jerónimo de Sousa marca a diferença, e que diferença! Não vou repetir o que da anterior vez em que uma certa esquerda propôs legalizar a eutanásia, perdão, a “morte assistida”, disse. Quero unir-me hoje à Presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos em declarações ao Público que muito apreciei e com a qual e as quais afirmações estou inteiramente de acordo. Diz a simpática médica depois de comentar os comentários dos defensores da agora ténue ajuda à morte para mais tarde se transformar em matança (as palavras são minhas): “A possibilidade que se discute na Holanda de dar uma pílula às pessoas com 70 anos é arrepiante. Só de pensar nisso reforço a ideia de que a eutanásia nunca pode ser legalizada. Porque a partir do momento em que ela é legalizada, estamos a discutir estas coisas. Porquê aos 70? E porque não aos 18? Legalmente aos 18 é-se adulto.” Insiste a jornalista que há diferentes projectos-lei e tudo parece claro. “Enquanto não houver paliativos para toda a gente – prossegue a entrevistada – acho impensável estarmos a matar pessoas que pura e simplesmente, estão a pedir para morrer porque não sabem que podem ser mais bem tratadas. É como resolver o problema do desemprego, matando os desempregados.” Ou matando os velhos, os acamados, os que não são produtivos, os infelizes, os pobres e por aí adiante acrescento eu. Depois vem esta impressionante recordação: “Há uns anos, Manuela Ferreira Leite (a feia como os trovões, lembram-se? que para além do subsídio de deputada ainda exerce parecerzinhos para pelo menos um banco e, portanto, a ela não faltará dinheiro para os paliativos) falou em parar a hemodiálise gratuita aos 70 anos e foi –  e bem – criticada. Na Bélgica – são ainda as palavras da Presidente CNCP – começaram com uma série de mecanismos de controlo e hoje já vão fazer a eutanásia em crianças. Se vier a eutanásia, serei objectora de consciência. Porque não quero ter esse poder.” No mesmo sentido, felizmente, vai o bastonário da Ordem dos Médicos. Aqui fica o seu nome:  Miguel Guimarães.


         - Continuo a destruir a erva daninha por sessões que terminam quando o motor pára sem gasolina. Um grande vazio instalou-se com o final do livro de Green - foi uma salutar companhia durante mês e meio. Andei a plantar amores perfeitos e agapantos. 15,29. Tempo embrulhado e soturno.