Sexta, 27.
Um provérbio que se encaixa às mil
maravilhas no remediado José Sócrates: “Quem cabritos vende e cabras não tem,
de algum lado lhe vem.”
- Não sei o que deu aos meus amigos casados e com filhos: parece que
viraram borboletas. Suponho ser da época porque o Carlos com quem almocei no
domingo, fazia-me avanços e promessas e ainda não tinha bebido um copo. Hoje enviou-me
um sms tratando-me por amor. O Simão, quando ia a caminho do Porto com a
Conceição, telefonou a desejar-me o costume nesta altura. Assim que premi o
botão: “Amor como tás?” Se o bebé Nestlé não pôs nada nas águas de Lisboa, a
que se deve esta súbita reviravolta das libidos até aqui voltadas para Vénus? Ainda
o Simão tenho a quem o enviar se o comportamento se mantiver, mas o Carlos... Até
porque este só fica operacional com dois comprimidos azuis; enquanto aquele devem-lhe
chegar duas cervejas loiras... Digo eu que destas coisas nada sei.
- Preguei esta manhã na Brasileira onde estava o grande educador da
classe operária. Disse eu: “Os povos hoje, graças às redes sociais, não lutam
por ideologias, mas contra os corruptos que os governam. Unidos num projecto
comum, progressivamente, vêm tomando o seu destino em mãos.
- Borbulha no meu cérebro há algum tempo a história do matricida, mas
ainda não encontrei o final que deve guardar a chave de todo o romance – sem
final, impossível começar.
- Um elogio ao Mágico. Desde há três semanas a Fertagus acrescentou mais
duas carruagens o que tornou a viagem mais humanizada. As bestas agradecem.