quarta-feira, dezembro 11, 2019

Quarta, 11.
Um vulcão que fazia mover fortunas com o turismo de massas, revoltou-se na Nova Zelândia e expulsou os vendilhões para muitos metros de distância. Morreram pelo menos seis pessoas e uma trintena ficou ferida. Na vasta área do seu domínio, não resta nada.

         - A França está paralisada. Dizia-me o Robert esta manhã, que ele e a mulher estão circunscritos a casa e jardim. A horrível linha 13 do metro, assim como quase todas as outras linhas, está parada. A França, como costumo afirmar, é a locomotiva da Europa do capital. Onde os ricos enriquecem todos os dias, os pobres empobrecem. Chou Chou está para cumprir esse princípio. Os nossos queridos e sábios comentadores que começaram por tecer rasgados elogios ao “jovem presidente”, estão em recuo. Coitados, aquelas cabeças pensam pela cabeça dos estrangeiros que Portugal sempre venerou para ser alguém. 

         - Veja-se o caso de Boris Johnson e as suas iniciativas para cumprir o Brexit. É ele que vai liderar o país e a saída deste da catedral de corruptos. Foi mais eficiente, original e competente. Mas aqui dizem dele raios e coriscos – são embaixadores da querida UE. 


         - Aqui, quero dizer, neste cantinho feliz à beira-mar deitado, onde Salazar continua exposto nos segredos das consciências e, sobretudo, no vigor das leis e da sua aplicação, das organizações e corporativismos irmanadas nos seus conluios como mafiosas identidades que só os eleitos têm acesso. Veja-se o escândalo da prisão do chamado “hacker” Rui Pinto. Fecharam-no numa cela – embora tenha cometido uns pecadilhos quando comparados com aqueles que ele denunciou – para que não denuncie as pessoas e entidades afectas ao Ministério Público que o perseguem. Quando um homem singular, apesar de advogado, falo de Francisco Teixeira da Mota, o interrogou, ele respondeu: “Portugal é, actualmente, um inferno para os denunciantes”, o mesmo é dizer a protecção é total e cúmplice dos infratores de topo.