Quarta, 11.
Um vulcão que fazia mover fortunas com o
turismo de massas, revoltou-se na Nova Zelândia e expulsou os vendilhões para
muitos metros de distância. Morreram pelo menos seis pessoas e uma trintena
ficou ferida. Na vasta área do seu domínio, não resta nada.
- A França está paralisada. Dizia-me o Robert esta manhã, que ele e a
mulher estão circunscritos a casa e jardim. A horrível linha 13 do metro, assim
como quase todas as outras linhas, está parada. A França, como costumo afirmar,
é a locomotiva da Europa do capital. Onde os ricos enriquecem todos os dias, os
pobres empobrecem. Chou Chou está para cumprir esse princípio. Os nossos
queridos e sábios comentadores que começaram por tecer rasgados elogios ao
“jovem presidente”, estão em recuo. Coitados, aquelas cabeças pensam pela
cabeça dos estrangeiros que Portugal sempre venerou para ser alguém.
- Veja-se o caso de Boris Johnson e as suas iniciativas para cumprir o Brexit. É ele que vai liderar o país e a
saída deste da catedral de corruptos. Foi mais eficiente, original e
competente. Mas aqui dizem dele raios e coriscos – são embaixadores da querida
UE.
- Aqui, quero dizer, neste cantinho feliz à beira-mar deitado, onde
Salazar continua exposto nos segredos das consciências e, sobretudo, no vigor
das leis e da sua aplicação, das organizações e corporativismos irmanadas nos
seus conluios como mafiosas identidades que só os eleitos têm acesso. Veja-se o
escândalo da prisão do chamado “hacker” Rui Pinto. Fecharam-no numa cela – embora
tenha cometido uns pecadilhos quando comparados com aqueles que ele denunciou –
para que não denuncie as pessoas e entidades afectas ao Ministério Público que
o perseguem. Quando um homem singular, apesar de advogado, falo de Francisco
Teixeira da Mota, o interrogou, ele respondeu: “Portugal é, actualmente, um
inferno para os denunciantes”, o mesmo é dizer a protecção é total e cúmplice
dos infratores de topo.