Domingo, 1 de Dezembro.
Tarde passada no Hotel Biron que guarda
a obra de Auguste Rodin. Quis acrescentar à visita de há oito dias ao seu
atelier de Meudon, esta mais valia cultural que fecha o ciclo Rodin. O escultor
viveu aqui com a mulher e o filho, nesta casa sumptuosa, bela, no centro de um
jardim com vários hectares, onde no fim da vida, morando na zona, Green vinha
fazer a passeata higiénica do dia. Três andares apresentam a sua enorme
produção na forma de esculturas em bronze, gesso, pintura e outros materiais.
São centenas de obras que atestam a capacidade criadora de um homem de
excepção, que trabalhou noite e dia, e acabou por deixar tudo ao Estado
francês, ou seja, ao público que acorre em número considerável para conhecer a
obra do genial artista. Muitos dos modelos que fizeram a sua reputação e se
encontram em imóveis públicos, em Meudon, museus, nos jardins que abraçam esta
mansão e decerto em mãos de particulares, exibem-se nestas divisões parcelarmente
como o mestre os pensou e concebeu, de forma a integrar a peça única e monumental
que se admira de queixo baixo. Há também duas salas consagradas à obra da amante
Camille Claudel.
|
Hotel Biron |
|
Rodin por Laurens |
|
Laurens por Rodin |
|
Beleza pura |
|
Projecto para Os Burgueses de Calais |
|
Wagner |
|
Os Burgueses de Calais |
- Falando de Green, comecei a ler as 1400 páginas do outro
Julien, que a revista Têtu, creme da
literatura LGBT, lisonjeia de orgulho gay. Duma assentada o prefácio de Tristan
de Lafond, página V a XL. Lafond é o herdeiro de Green por interposição de Éric
Jourdan.