Sábado, 30.
De
regresso instalámo-nos aqui em casa para repartirmos por estes dias ao encontro
do Portugal que faz a diferença. Assim, ontem, pela manhã subimos ao Chiado,
entrámos na Brasileira, passeámos pela Baixa, almoçámos no Corte Inglês e ao
fim do dia entrámos na quinta para não mais sair. Suculento jantar onde não
faltou o arroz doce feito pela Piedade, a grande discussão, com gargalhadas até
perto da meia-noite.
- Hoje longo passeio através da marginal
que nos levou a Cascais, com paragem no CCB e Torre de Belém. À chegada à vila,
grande confusão, trânsito caótico, dificuldade em estacionar o carro. Acabámos
por encontrar um restaurante perto da Câmara onde comemos sardinha manhosa
vinda de Marrocos. De seguida, fui dar a conhecer aos meus amigos a Casa das
Histórias de Paula Rego. A artista nunca nos desilude, as seis salas do museu
oferecem Paula Rego no seu melhor, quero dizer, os Anos 80: humor, loucura,
sabedoria, liberdade.
- Mas também Portugal no seu melhor. Eu
estacionei o automóvel no parque próximo do museu. Quando quis sair, o sistema
de pagamento estava avariado. Uma pequena multidão, entre crianças e pessoas de
idade, refém dentro do parque. Um brasileiro de férias, pediu contas
através do intercomunicador do aparelho. Eu estava ao lado e pude entrar na
revolta. O funcionário, a dada altura, disse-lhe que mandasse um e-mail. O sujeito
insistia que estava na rua e exigiu saber a que horas vinha o técnico. O invisível
funcionário respondeu que não sabia e perante a insistência do turista, desliga, pura e simplesmente, o intercomunicador. Que fazer? Robert tem uma
ideia: colarmo-nos ao carro que ousasse sair. Foi o que fizemos.