sábado, março 30, 2019

Sábado, 30.
De regresso instalámo-nos aqui em casa para repartirmos por estes dias ao encontro do Portugal que faz a diferença. Assim, ontem, pela manhã subimos ao Chiado, entrámos na Brasileira, passeámos pela Baixa, almoçámos no Corte Inglês e ao fim do dia entrámos na quinta para não mais sair. Suculento jantar onde não faltou o arroz doce feito pela Piedade, a grande discussão, com gargalhadas até perto da meia-noite.

         - Hoje longo passeio através da marginal que nos levou a Cascais, com paragem no CCB e Torre de Belém. À chegada à vila, grande confusão, trânsito caótico, dificuldade em estacionar o carro. Acabámos por encontrar um restaurante perto da Câmara onde comemos sardinha manhosa vinda de Marrocos. De seguida, fui dar a conhecer aos meus amigos a Casa das Histórias de Paula Rego. A artista nunca nos desilude, as seis salas do museu oferecem Paula Rego no seu melhor, quero dizer, os Anos 80: humor, loucura, sabedoria, liberdade.


          - Mas também Portugal no seu melhor. Eu estacionei o automóvel no parque próximo do museu. Quando quis sair, o sistema de pagamento estava avariado. Uma pequena multidão, entre crianças e pessoas de idade, refém dentro do parque. Um brasileiro de férias, pediu contas através do intercomunicador do aparelho. Eu estava ao lado e pude entrar na revolta. O funcionário, a dada altura, disse-lhe que mandasse um e-mail. O sujeito insistia que estava na rua e exigiu saber a que horas vinha o técnico. O invisível funcionário respondeu que não sabia e perante a insistência do turista, desliga, pura e simplesmente, o intercomunicador. Que fazer? Robert tem uma ideia: colarmo-nos ao carro que ousasse sair. Foi o que fizemos.