segunda-feira, março 04, 2019

Segunda, 4.
Jerónimo de Sousa encara a hipótese de deixar o cargo de secretário-geral do Partido Comunista. É uma pena porque foi o melhor líder depois de Cunhal. À Lusa que o entrevistou, disse: “Nunca aproveitei nada da política. Queria e vou sair com a consciência de que, no quadro das minhas limitações, e naturalmente dos meus defeitos, procurei fazer o meu melhor pelo meu povo e pelo meu país.” Quantos políticos podem despedir-se com esta consciência?

          - A Teresa Magalhães e o João Corregedor falando de mim: “O rapaz é mesmo um bom homem.” Antes assim que me digam: “escreves muito bem”, “és original”, és um génio” e outros epítetos que não têm a grandeza daquele. “Ele é mesmo um bom homem.”

         - Separei a página de Fr. Bento Domingues do Público de domingo para a ler e reler ao longo da semana. É um texto notável que eleva não só a nossa fé, como o ser humano que cabe inteiro no coração de Jesus.


         - Almocei no Corte Inglês com o João. Horas antes na Brasileira, não gostei do que ele disse acerca do tema do momento: os humoristas grosseirões e deselegantes com o juiz Neto de Moura. Não conheço nem nunca vi nenhum programa de Ricardo Araújo Pereira, mas ouvi na TSF o camarada Nogueira co-autor do espectáculo degradante levado à cena no Coliseu dos Recreios, Uma Nêspera no cu. Bom. Pode e deve-se criticar, mesmo citar a Bíblia, como outros citam Marx, mas insultos e obscenidades do calibre que eu escutei, e que vêm em linha direita dos discípulos de Herman José que já não se pode ver nem ouvir, isso acho inadmissível. A liberdade tem os seus pressupostos e o principal é o respeito pelo o outro.