Segunda, 4.
Jerónimo
de Sousa encara a hipótese de deixar o cargo de secretário-geral do Partido
Comunista. É uma pena porque foi o melhor líder depois de Cunhal. À Lusa que o
entrevistou, disse: “Nunca aproveitei nada da política. Queria e vou sair com a
consciência de que, no quadro das minhas limitações, e naturalmente dos meus
defeitos, procurei fazer o meu melhor pelo meu povo e pelo meu país.” Quantos
políticos podem despedir-se com esta consciência?
- A Teresa Magalhães e o João Corregedor
falando de mim: “O rapaz é mesmo um bom homem.” Antes assim que me digam:
“escreves muito bem”, “és original”, és um génio” e outros epítetos que não têm
a grandeza daquele. “Ele é mesmo um bom homem.”
- Separei a página de Fr. Bento
Domingues do Público de domingo para a ler e reler ao longo da semana. É um
texto notável que eleva não só a nossa fé, como o ser humano que cabe inteiro
no coração de Jesus.
- Almocei no Corte Inglês com o João.
Horas antes na Brasileira, não gostei do que ele disse acerca do tema do
momento: os humoristas grosseirões e deselegantes com o juiz Neto de Moura. Não
conheço nem nunca vi nenhum programa de Ricardo Araújo Pereira, mas ouvi na TSF
o camarada Nogueira co-autor do espectáculo degradante levado à cena no Coliseu
dos Recreios, Uma Nêspera no cu. Bom.
Pode e deve-se criticar, mesmo citar a Bíblia, como outros citam Marx, mas
insultos e obscenidades do calibre que eu escutei, e que vêm em linha direita
dos discípulos de Herman José que já não se pode ver nem ouvir, isso acho inadmissível.
A liberdade tem os seus pressupostos e o principal é o respeito pelo o outro.