terça-feira, julho 05, 2016

Terça, 5.
Só este ano já devo ter lido para cima quinze livros, isto é, milhares de páginas. Tenho, contudo, momentos que me apetece fazer como a personagem do romance de Laurent Gounelle, Le philosophe qui n´était pas sage que, num momento de desespero, atira com parte da sua biblioteca pela janela fora. Porque, bem vistas as coisas, o essencial está no Pai-Nosso que encerra em si toda a verdadeira filosofia de vida. S. Francisco de Assis não sabia mais nada senão rezar; Pessoa num célebre poema fala do Salvador: Jesus Cristo que não sabia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca. Salmodiá-lo ao longo do dia e dos anos, é reduzirmo-nos às palavras que Jesus ensinou aos seus discípulos e estão na origem dos tempos. Os livros com o seu peso murmurante, mais não fazem que afastar as horas de Deus.

         - Corregedor outro dia recordou e muito bem, que hoje a mediocridade da quase maioria dos jornalistas não faz jus à profissão, são antes pessoas recalcadas que gostariam de ser comentadores e exercem a profissão como inquiridores que debitam bytes que o leitor ou espectador não está interessado em conhecer. Nós apenas lhes pedimos que dêem as notícias e guardem para si as suas opiniões e pareceres, normalmente sem substância e a soldo dos patrões e quando quiserem agigantar-se de importância que o façam em artigos de opinião... assinados.


         - Para que não digam que estou sempre a dizer mal da nossa amantíssima União Europeia, vou declarar que estou do seu lado quando exige aos clubes de futebol espanhóis que devolvam 69 milhões de euros conseguidos irregularmente em recursos públicos que beneficiaram uns quantos clubes em detrimento da maioria, numa manifesta concorrência desleal. Só Real Madrid terá que restituir 18,4 milhões. E em Portugal?