sexta-feira, julho 22, 2016

Sexta, 22.
Vou citar as declarações de Marcelo: “Portugal está na União Europeia, sente-se bem na União Europeia e quer continuar na União Europeia. O referendo está fora de questão.” Ontem voltou à carga: “A aventura referendária é inadmissível.” Podíamos responder: fala por ti. Ora, como sua Excelência é o nosso dono, não só decide por nós, como nos obriga, coage, força-nos a permanecer num clube para o qual, de resto, nunca fomos consultados se estávamos interessados em entrar.

         - Temos, enfim, o veredicto: a ERS concluiu que houve “falhas no acesso e na qualidade dos cuidados prestados” pelo hospital de S. José ao jovem de Santarém com aneurisma roto e que veio a falecer em Dezembro do ano passado, num fim-de-semana gozado pelos clínicos. Espero agora pelas consequências da Ordem dos Médicos, sendo certo que se trata de uma equipa de criminosos à solta e, portanto, deviam ser encarcerados.


         - Ontem pequena perturbação. Desgostoso de mim, fechei-me num casulo de sentimentos contraditórios que me paralisaram por algumas horas. Triste por ter renunciado a uma certa forma de vida, só um pouco antes da meia-noite, quando me preparava para dormir, a nuvem espessa se dissipou. A coisa foi não só psicológica, como física. Não desejo ao meu pior inimigo. Foi como se Deus se tivesse ausentado, furioso.