terça-feira, fevereiro 23, 2016

Terça, 23.
Estranho, estranhíssimo sonho ao raiar da manhã. Talvez devido às preocupações com o meu romance, foi a Maria Barroso que decido pedir que intercedesse junto de algum editor. Ela pede-me um tempo para ler O Rés-do-Chão de Madame Juju. Dois dias depois telefona-me a dizer que o meu trabalho a entusiasmou a um ponto tal que já falou com dois editores recomendando-lhes a obra. Acordo, risonho e cheio de confiança no futuro. As primeiras orações da manhã, foram por ela em jeito de agradecimento.


         - O Orçamento como se esperava passou com os votos de PCP e do BE. Eu até compreendo a opção do ministro das Finanças e em certo sentido gostaria que as coisas corressem bem para provar aos tecnocratas de Bruxelas que há mais mundos para além dos manuais traçados numa folha Excel. Mas tenho dúvidas. Acho que o dinheiro não é elástico e dentro em breve estamos todos metidos numa grande alhada. A despesa pública não desce, os funcionários reclamam isto e aquilo, todo o mundo pensa que estamos ricos, esquecendo-se que ricaços só José Sócrates e a equipa de políticos que escolheu governar governando-se. Depois, não me esqueço do que me dizia e empresariado que conheci de muito perto. Segundo eles quando ganhavam dinheiro à tripa-forra era com o PS no Governo. Acresce que o PCP e o BE (este mais acomodatício), não se vão manter de braços cruzados quando o PS cair na real e começar a pôr em prática o manual de Passos Coelho ou da troika ou de Bruxelas.