Sexta, 19.
A União Europeia, como todos sabemos, foi
criada para engordar os países ricos, as grandes fortunas e anafar os políticos
insaciáveis que dela têm tirado tudo o que podem e, sobretudo, o que não podem.
É constituída por cinco países que entre si decidem do destino das formigas que
circulam à sua volta submissas e reverenciadas. O caso mais singular, é o da
Grã-Bretanha que sempre esteve dentro e fora do clube e agora aperta exigências
para prosseguir a política que melhor lhe convém. Se lhe derem o que pretende
fica, senão zarpa. É tão simples como isto. Para que não fuja, estão umas
centenas de funcionários a trabalhar noite e dia. Se se tratasse como já se
tratou da Grécia, Portugal, Espanha ou qualquer dos pequenos e recentes países
eurocépticos, nem uma agulha bulia na quieta melancolia daqueles rostos
inundados de arrogância. O que pretende Cameron, é aquilo que querem os outros
membros, mas que estão impedidos de soletrar: poder democrático nos seus
parlamentos, menos asfixia de Bruxelas, mais igualdade e fraternidade, controlo
de fronteiras e assim. A pouco e pouco, a UE esvazia-se dos seus princípios
para acudir às ambições de governantes que não querem por nada perder o
poleiro. Os povos que se lixem. A União não passa já de uma manta de retalhos
esburacada em todo o lado. Mas enquanto houver dinheiro para pagar os salários
milionários dos seus eurodeputados e funcionários, a romaria vai continuar.
- Está na cara que António Costa quer assassinar na praça pública o
governador do Banco de Portugal que foi lá posto pelos socialistas. O seu
ministro das Finanças não lhe perdoa o que Carlos Costa não fez por ele em
tempos. Os dois agora, servindo-se do populismo, colocaram-se ao lado dos
investidores do BES, contra a gestão do problema por parte do Banco de
Portugal. Claro que Carlos Costa foi laxista na fiscalização da actividade
bancária, mas a eles, socialistas, isso é de somenos importância. Nunca se viu
nenhum membro do Partido com os roubados por Ricardo Salgado. Hoje no poder
querem vingar-se, como querem colocar na direcção do bp alguém que alimente com
números e vertigens de progresso o seu triste reinado.