domingo, fevereiro 07, 2016

Domingo, 7.
Prossigo, como diziam os romanos, o labor limae. Os dois capítulos que reli, encheram-me de alegria. Há coisas muito bem urdidas no romance e não devo ter pejo em o afirmar. Já existe um certo distanciamento para me dar a sensação de que aquilo não é meu. O recorte das personagens principais é um achado criativo em toda a linha. É tão relevante que me leva a imaginar ter sido encomendado a dois ou mais escritores. Por outro lado, os diversos planos narrativos que vão sendo tecidos ao longo da história, não caiem do enredo nem ficam pendurados da incorporação que lhe é devida. Estas écfrases contudo, não remetem para nenhuma espécie de jactância, antes periclitam o entusiasmo para lá do todo da obra.

         - Comprei por 50 cêntimos um livro de viagem muito bem elaborado, integrado na colecção Le Monde en Couleurs.  Encadernado e ilustrado, foi impresso em 1945 e está na antítese do que hoje se publica no género. Nele encontro a grandeza da cultura nas suas diversas formas e estilos, épocas e criadores. É uma obra para viajantes como hoje há poucos, dado que a mediocridade das viagens em grupo reduziram o viajante a um ser androide, ligeiro, amante do vulgar, devaneando para encontrar o que tem no dia-a-dia.

         - Subiu para 23 o número de mortos no sismo ocorrido a Sul de Taiwan. De magnitude 6,5 na escala de Richter o tremor de terra, como sempre, atingiu os mais pobres, com habitações de palha e o desprezo dos governantes.


         - O anafado primeiro-ministro António Costa, exibe um sorriso de orelha a orelha por ter reconquistado a TAP. Não dá para entender, uma vez que qualquer pessoa minimamente informada sabe que uma empresa detida a 50 por cento, é uma empresa paralisada. O PCP aguarda para dar o salto. A menina jeitosa do BE, pôs-se em bicos de pés relembrando a Bruxelas que Portugal tem uma constituição a cumprir. Disseram-lhe que baixasse a garimpa, porque a “constituição” de lá tem mais força que a de cá. A independência nacional é só para os afoitos, os ricos e os nobres. Estamos entendidos?