sexta-feira, julho 17, 2015

Sexta, 17.
Um navio da marinha egípcia foi atacado com rockets ao largo de Israel e Faixa de Gaza. É obra da Daesh e só surpreende o impressionante avanço bélico e a forma rápida como se está a impor no Sinai e por toda a zona. Não sei se o Ocidente, entretido nas suas vinganças, está atento ao que o aguarda.

         - Alexis Stipras, contrariamente ao que dele disse Passos Coelho e o seu acólito presidente da República, está-se a revelar um excelente político acompanhado de perto pelo seu ministro das Finanças Euclides Tsakalotos, que se distingue dos seus pares pela classe e uma certa aristocracia da simplicidade que é apanágio das pessoas bem nascidas. Além de que fala o inglês de Oxford onde estudou e não o inglês de chinelo da escumalha que o cerca em algazarra no Eurogrupo.  

         - Eu sempre achei que a palavra do escritor, do filósofo, do cientista, é mil vezes mais honesta e certeira que a palavra dos políticos, dos economistas e de toda essa gaijada de sucedâneos que gravitam em torno dos partidos. O engajamento do escritor na boa tradição francesa, quando os homens de letras eram independentes e faziam da escrita um acto sagrado, nada a ver, portanto, com esta turba de “escritores” que escrevem como falam, contam histórias para adormecer e fazem da televisão o palco das suas vaidades. Por isso dou muita importância ao filósofo alemão Jurgen Habermas e a esta sua posição: Temo que o Governo Alemão, incluindo os sociais-democratas (não será antes social-democratas? cito o Público), tenha desbaratado numa noite todo o capital político que uma Alemanha melhor acumulou em meio século. Referia-se o conceituado escritor, à forma como a chanceler Merkel tratou a Grécia.


         - E que novidades da gatunagem, da nova? O Presidente do Cofre da Previdência (julgo que é assim que se diz), eleito em 2003, instituição que presta apoio aos actuais e antigos funcionários do Estado, teve 2 milhões de prejuízo desde que este competente senhor assumiu a pasta. Pelo sim, pelo não, com tanto bichanar em torno do assunto, o Ministério Público decidiu abrir um inquérito. Ficamos por aqui por hoje? Não, oh, claro! Outra suspeita cresce em torno do cartel criminoso dos portos. Anda por lá muita rataria reputadíssima a meter as mãos no queijo. Fundeada ao largo, muita corrupção fedorenta.