Sexta,
17.
Um
navio da marinha egípcia foi atacado com rockets ao largo de Israel e Faixa de
Gaza. É obra da Daesh e só surpreende o impressionante avanço bélico e a forma
rápida como se está a impor no Sinai e por toda a zona. Não sei se o Ocidente,
entretido nas suas vinganças, está atento ao que o aguarda.
- Alexis Stipras, contrariamente ao
que dele disse Passos Coelho e o seu acólito presidente da República, está-se a
revelar um excelente político acompanhado de perto pelo seu ministro das Finanças
Euclides Tsakalotos, que se distingue dos seus pares pela classe e uma certa
aristocracia da simplicidade que é apanágio das pessoas bem nascidas. Além de
que fala o inglês de Oxford onde estudou e não o inglês de chinelo da escumalha
que o cerca em algazarra no Eurogrupo.
- Eu sempre achei que a palavra do
escritor, do filósofo, do cientista, é mil vezes mais honesta e certeira que a
palavra dos políticos, dos economistas e de toda essa gaijada de sucedâneos que
gravitam em torno dos partidos. O engajamento do escritor na boa tradição
francesa, quando os homens de letras eram independentes e faziam da escrita um
acto sagrado, nada a ver, portanto, com esta turba de “escritores” que escrevem
como falam, contam histórias para adormecer e fazem da televisão o palco das
suas vaidades. Por isso dou muita importância ao filósofo alemão Jurgen
Habermas e a esta sua posição: Temo que o
Governo Alemão, incluindo os sociais-democratas (não será antes
social-democratas? cito o Público), tenha
desbaratado numa noite todo o capital político que uma Alemanha melhor acumulou
em meio século. Referia-se o conceituado escritor, à forma como a chanceler
Merkel tratou a Grécia.
- E que novidades da gatunagem, da
nova? O Presidente do Cofre da Previdência (julgo que é assim que se diz),
eleito em 2003, instituição que presta apoio aos actuais e antigos funcionários
do Estado, teve 2 milhões de prejuízo desde que este competente senhor assumiu
a pasta. Pelo sim, pelo não, com tanto bichanar em torno do assunto, o
Ministério Público decidiu abrir um inquérito. Ficamos por aqui por hoje? Não, oh,
claro! Outra suspeita cresce em torno do cartel criminoso dos portos. Anda por
lá muita rataria reputadíssima a meter as mãos no queijo. Fundeada ao largo,
muita corrupção fedorenta.