Segunda,
20.
Esta
manhã, quando trabalhava no romance, dei de súbito um salto na cadeira porque
alguém me havia coçado as costas levemente com as unhas. Voltei-me pensando que
tinha sido o gato, mas este estava calmamente deitado aos meus pés. Despi a
T-shirt e nada encontrei. Estranha situação que não me chegou a inquietar. Passado
o espanto, voltei a Madame Juju - ela que é capaz de assombros desta natureza.
- O mártir Iraque que os americanos
irresponsáveis transformaram num inferno, foi mais uma vez ferido de morte. Um
atentado ocorrido no Aid al-Fitr, o último dia do Ramadão, matou mais de uma
centena de pessoas e fez inúmeros feridos. O crime aconteceu a 20 km para norte
de Bagdad e foi perpetrado por um kamikaze. As vítimas são maioritariamente
xiitas. O atentado foi reivindicado pela Daesh.
- O ex-homem forte do FMI, veio dizer
que o plano de recuperação aplicado à Grécia é selvagem e vai causar muitos
desastres à zona euro. Nada que eu não tenha dito aqui. Não é preciso ser-se
muito inteligente e muito menos economista para se ver que a União Europeia tem
a morte a prazo.
- 22, 35. Acabo de chegar da
Gulbenkian onde assisti a parte das festividades que celebraram os 60 anos da morte do senhor Calouste Gulbenkian. No anfiteatro ao ar
livre, a orquestra da Fundação, tocou obras de Manuel de Falla, Puccini, Verdi,
entre outros. Momentos sublimes, cheios da ternura da noite, das fragrâncias do
jardim, da música que nos transporta a alturas que nenhuma arte consegue.