segunda-feira, julho 20, 2015

Segunda, 20.
Esta manhã, quando trabalhava no romance, dei de súbito um salto na cadeira porque alguém me havia coçado as costas levemente com as unhas. Voltei-me pensando que tinha sido o gato, mas este estava calmamente deitado aos meus pés. Despi a T-shirt e nada encontrei. Estranha situação que não me chegou a inquietar. Passado o espanto, voltei a Madame Juju - ela que é capaz de assombros desta natureza.  

         - O mártir Iraque que os americanos irresponsáveis transformaram num inferno, foi mais uma vez ferido de morte. Um atentado ocorrido no Aid al-Fitr, o último dia do Ramadão, matou mais de uma centena de pessoas e fez inúmeros feridos. O crime aconteceu a 20 km para norte de Bagdad e foi perpetrado por um kamikaze. As vítimas são maioritariamente xiitas. O atentado foi reivindicado pela Daesh.

         - O ex-homem forte do FMI, veio dizer que o plano de recuperação aplicado à Grécia é selvagem e vai causar muitos desastres à zona euro. Nada que eu não tenha dito aqui. Não é preciso ser-se muito inteligente e muito menos economista para se ver que a União Europeia tem a morte a prazo.   


         - 22, 35. Acabo de chegar da Gulbenkian onde assisti a parte das festividades que celebraram os  60 anos  da morte do senhor Calouste Gulbenkian. No anfiteatro ao ar livre, a orquestra da Fundação, tocou obras de Manuel de Falla, Puccini, Verdi, entre outros. Momentos sublimes, cheios da ternura da noite, das fragrâncias do jardim, da música que nos transporta a alturas que nenhuma arte consegue.