Sábado, 11.
Bom. Tudo leva a crer que Alexis Tsipras
capitulou diante daqueles que possuem o suficiente para o vergar. Foi pena. A
Maria Bonifácia outro dia na televisão, disse que lhe parecia que o Syriza
tinha vindo como movimento revolucionário. Pelos vistos... No entanto o povo
nas ruas de Atenas diz-se enganado e afirma com propriedade que Oxi é Oxi. Vamos
ver como tudo isto vai terminar. Seja como for, os milhões que o Governo pediu,
julgo que 50 mil milhões, entram e saem imediatamente para pagar aos bancos. A
seguir há que pedir mais uns quantos milhões para o resto da economia. Enfim,
um inferno que ninguém entende, mas abre caminho à saída do país do euro. É
inevitável.
- Sócrates não nos larga as canelas. O polvo tentacular que ele montou,
leva tempo a cozer no lume fervente da justiça. Armando Vara, um dos seus
fiéis, reincidente nos bancos dos tribunais, acaba de ser constituído arguido e
está detido em casa com pulseira electrónica por suspeitas de aproveitamento de
cargo, corrupção e malfeitorias enquanto esteve como administrador da Caixa
Geral de Depósitos, a instituição asilo de toda a classe política, seja como
complemento de reforma dourada, seja como recompensa pelos favores prestados a
este e àquele. Mas as notícias da boa sociedade de gatunos, não fica por aqui. Todos
os dias, vem nos jornais os mesmos crimes sob formas e métodos diferentes.
Qualquer dia, o sistema prisional, vai ter que despejar os inocentes (inocentes
quando comparados com esta criminalidade de luva branca) que enchem as prisões,
para lá fechar a classe política, os banqueiros, os administradores públicos.
- Os socialistas tentaram enganar os lisboetas propagando a gestão de
excelência feita pelo ambicioso António Costa. Eu sempre a denunciei ao longo
do seu mandato como péssima. Bastava passear pela Baixa, para se tirar o
retrato aos seus feitos como autarca. Agora vem o actual presidente – dizem-nos
da nova geração – repor as coisas no lugar, isto é, gastar 25 milhões na
pavimentação de ruas e praças. Fernando Medina não teve outro remédio que
reconhecer o óbvio – nada foi feito enquanto o putativus primeiro-ministro lá esteve.