sábado, julho 11, 2015

Sábado, 11.
Bom. Tudo leva a crer que Alexis Tsipras capitulou diante daqueles que possuem o suficiente para o vergar. Foi pena. A Maria Bonifácia outro dia na televisão, disse que lhe parecia que o Syriza tinha vindo como movimento revolucionário. Pelos vistos... No entanto o povo nas ruas de Atenas diz-se enganado e afirma com propriedade que Oxi é Oxi. Vamos ver como tudo isto vai terminar. Seja como for, os milhões que o Governo pediu, julgo que 50 mil milhões, entram e saem imediatamente para pagar aos bancos. A seguir há que pedir mais uns quantos milhões para o resto da economia. Enfim, um inferno que ninguém entende, mas abre caminho à saída do país do euro. É inevitável.

         - Sócrates não nos larga as canelas. O polvo tentacular que ele montou, leva tempo a cozer no lume fervente da justiça. Armando Vara, um dos seus fiéis, reincidente nos bancos dos tribunais, acaba de ser constituído arguido e está detido em casa com pulseira electrónica por suspeitas de aproveitamento de cargo, corrupção e malfeitorias enquanto esteve como administrador da Caixa Geral de Depósitos, a instituição asilo de toda a classe política, seja como complemento de reforma dourada, seja como recompensa pelos favores prestados a este e àquele. Mas as notícias da boa sociedade de gatunos, não fica por aqui. Todos os dias, vem nos jornais os mesmos crimes sob formas e métodos diferentes. Qualquer dia, o sistema prisional, vai ter que despejar os inocentes (inocentes quando comparados com esta criminalidade de luva branca) que enchem as prisões, para lá fechar a classe política, os banqueiros, os administradores públicos.


         - Os socialistas tentaram enganar os lisboetas propagando a gestão de excelência feita pelo ambicioso António Costa. Eu sempre a denunciei ao longo do seu mandato como péssima. Bastava passear pela Baixa, para se tirar o retrato aos seus feitos como autarca. Agora vem o actual presidente – dizem-nos da nova geração – repor as coisas no lugar, isto é, gastar 25 milhões na pavimentação de ruas e praças. Fernando Medina não teve outro remédio que reconhecer o óbvio – nada foi feito enquanto o putativus primeiro-ministro lá esteve.