terça-feira, julho 14, 2015

Terça, 14.

A Grécia não me sai do pensamento, não só porque estou a ler com dilecção Homero, como porque vejo o nosso berço desfeito e humilhado por um punhado de arrogantes contabilistas. Mais: o Eurogrupo e Bruxelas, fizeram da Grécia uma colónia e assim colonizando o povo grego, vão poder interferir no seu destino a curto e a muito longo prazo. O chamado Fundo de Reserva de 50 mil milhões de euros, não é mais que a manápula dos credores sobre aquilo que pertence à nação e que um batalhão de funcionários vai gerir como se fosse coisa pública de que pudesse dispor Tsipras. O líder do Syriza nunca devia ter assinado tal acordo. Mas assinou e o que se segue vai ser terrível para todos nós. Nem sequer falo da fantasmagórica dívida grega que é nesta altura de 320 mil milhões de euros (177% do PIB), que dentro em breve alcançará a vergonhosa e Deus queira que virtual soma de 430 mil milhões, nem tão pouco nos 25 por cento de quebra na economia. Desta humilhante e déspota tragédia infligida ao heróico povo grego, a União Europeia sairá de rastos e vai sofrer as consequências. Se pensam que os dados estão lançados, enganam-se. Todos os povos subjugados à tirania de Bruxelas, dirão de sua justiça a muito breve trecho. Houve como aqui disse muitas vezes já, o deliberado propósito de calar quem de entre os 19 países ousar levantar a voz. Bruxelas quer-nos humildes, sem ideias, tementes da sua justiça, de rastos ante um punhado de contabilistas insignificantes que põem e dispõem das nossas vidas e do nosso futuro. No século passado fizemos duas guerras contra a Alemanha. Não tarda estaremos de novo a prepararmo-nos para uma terceira.