Segunda, 27.
O barulho que corre sobre o número de
polícias que o juiz Carlos Alexandre entendeu colocar no controlo do “dono
disto tudo”, é apanágio do mundo subterrâneo que utiliza os políticos de todos
os quadrantes para iludir os cidadãos. Anda a polícia muito indignada porque os
quatro agentes fazem falta noutros sítios, como se ela se preocupasse com a
segurança do povo e estivesse sempre nos lugares certos como lhe compete.
- O polvo estende-se tentacularmente por todo o lado. O que se passa
entre a Turquia e a Síria dos barbudos da Daesh, é muito perigoso e antevejo
uma enorme catástrofe. Os europeus da senhora Merkel, andam distraídos a olhar para
o seu próprio umbigo. Quando levantarem os olhos, têm a guerra à sua porta.
- O amável leitor voltou a escrever-me agradecendo as informações que
lhe forneci acerca do cineasta Bruno do Canto e o entusiasmo que lhe inspirei.
Diz-me ele que é um escultor autoditacta. Como afinal somos todos nós artistas,
caro senhor. Pela parte que me toca, Deus me livre dos professores
universitários, dos sabichões disto e daquilo como sua reverência o arcebispo
Marcelo. Os únicos que não são autodidactas, são os políticos – e por isso o
mundo está como está.
- Eu
vou fazendo experiências: umas com êxito, outras nem por isso. No caso das
curgetes como a foto mostra, não podia ter sido melhor atendendo à primeira vez
em que me meto em trabalhos do género. O artigo do médico Manuel Pinto Coelho
no Público de ontem entusiasmou-me a prosseguir. Ele é cá dos meus. Eu há
muitos anos que sigo e penso do mesmo modo. Fiz, inclusive, experiências comigo
mesmo e posso testemunhar que resultaram. Nomeadamente no que diz respeito ao
colesterol e à diabetes. Já aqui contei que um ano abusei da saborosa e boa
cozinha francesa e quando voltei estava com 230 de colesterol. Tó e o meu
médico de família prognosticaram-me Sinvastatina “até ao fim da vida”. Recusei,
barafustei, negociei e ganhei, ciente que somos o que comemos. Daí a três
meses, estava com 190... até hoje. Quanto à diabetes não tenho e espero não vir
a ter. Combato-a com profilaxia: natação e cuidado com o que engulo. Tenho um
pavor de medicamentos. Até à data não tomo nada e vou recortar e guardar
religiosamente o artigo do ilustre clínico. A única coisa que ainda não
consegui controlar é a cabeça. Trabalho em excesso e sempre sentado num vulcão
de nervos. Tenho dias que o pensamento corre mais veloz que os dedos sobre o
cursor do computador. Esta manhã, por exemplo, no Alegro devo ter dado a imagem
de tolinho coitadinho. Desatei a rir a bandeiras despregadas porque a Juju diz
coisas inconcebíveis e eu estava com ela longe dali. A dada altura tinha toda a
gente a olhar para mim. Levantei-me envergonhado e saí. Os clientes devem ter
dito: “Lá vai o doidinho das manhãs. Que Deus nos proteja!” – e tinham razão.