segunda-feira, julho 13, 2015

Segunda, 13.
François Hollande entregou o governo da França a Manuel Walls e para ele reservou os negócios exteriores como limite para salvar a pele que os franceses lhe querem arrancar. Anda sempre fora do país em missões de propaganda que tenham bons reflexos internamente. De contrário, como se explica o seu percurso relativamente a Alemanha, aos capitalistas, ao modo como olha hoje a riqueza, ao que disse em campanha acerca da austeridade, da pobreza, da crise, etc. etc. Mensageiro súbito da continuação da Grécia no euro, quer com o seu gesto ficar na história como aquele que salvou a União Europeia do desastre. As fases têm sido muitas e ainda ontem se proclamava um período de pousio para os helénicos - de resto uma ideia de Giscard d´Estaing -, mas parece que hoje a coisa voltou a ser outra e os criminosos de Bruxelas aceitam, enfim, por favor que os gregos continuem no seu grupo. Que bando de criminosos!


         - A Piedade chegou aí com o mesmo discurso de meio Portugal. Perguntou-me se eu não achava que aquela de a mulher de Passos Coelho aparecer com as feridas da quimio em público não era propaganda. Respondi-lhe o que penso sem deixar de pensar que dos políticos espero tudo. Desta vez estou em desacordo. Ela nunca se expôs nem quis sendo casada com o primeiro-ministro aparecer dando consistência à máxima ridícula e hipócrita “atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”. Estas parlapatices, não cabem na personalidade de Passos Coelho e eu acho que se ela se apresentou a seu lado, foi porque é de origem cabo-verdiana e indo o marido em visita de Estado ao arquipélago aproveitou – e bem – para sentir as origens, rever amigos e familiares. Tudo o resto que se diz, é medíocre e mesquinho e bem português.